
No que toca a Petrobras – embora ele não tenha citado a empresa brasileira – o valor de 18%, fixado como a parte do faturamento que caberia à empresa, foi estabelecido, segundo ele, por três estudos feitos por especialistas bolivianos e estrangeiros. Segundo esses estudos, realizados apenas nos grandes campos, “os investimentos estrangeiros feitos no país já foram recuperados há muito tempo e agora quase tudo é lucro”.
Com um ganho de 18% sobre o faturamento o governo boliviano estaria garantindo às empresas um valor correspondente ao lucro médio no continente, que oscilaria entre 15% e 19%.
Esses valores podem ser modificados. Para cima ou para baixo. Quem vai determinar isso é a comparação dos dados dos estudos com os que devem ser exibidos agora pelas empresas.
- Depois veremos como conciliamos, temos que ver se as refinarias valiam o que se pagou, ver também se recuperaram seu investimento.
- Então não está garantido que as empresas serão indenizadas? – perguntou o repórter. Linera retrucou:
- Também não está descartado.
Linera afirmou também que a fixação de preços será fruto da negociação entre os países e não de uma decisão unilateral.
Em relação ao Brasil, Linera fez duas afirmações: Gostaria que a estatal boliviana (YPFB) “fosse como a Petrobras brasileira, uma estatal com autonomia de gestão”. E que a Bolívia pretende continuar a relação de amizade e cooperação com o Brasil.
Ou seja: a não ser a nacionalização, que é irreversível, o resto será discutido na mesa de negociações.
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