sábado, 9 de dezembro de 2006

Carta semi-aberta do vereador Carlão Pereira ao PT/BH

Eu não pago mais o PT

A partir de agora, os R$ 871,39 que pago religiosamente ao PT todos os meses estarão depositados numa conta em agência da Caixa Econômica Federal.

Faço isso porque os pedidos formais e informais que encaminhei ao PT para que tornassem públicas as suas contas não foram atendidos. Faço isso para não ter, mais uma vez, que ficar me lamentando por omissões. Essa história de arrependimento também tem limites. Se vulgariza, é falta de vergonha na cara.

Me omiti, e admiti, quando não tornei público meu incômodo com o novo-riquismo que tomou conta de nós há uns quatro anos. A farta distribuição de bandeiras e bonés era como maná, caía do céu. Dos granitos da sede nacional aos showmícios das duplas sertanejas, tudo era visto como natural, até descobrirmos que Marcos Valério existia.

Me omiti, e admito, com a trajetória de Juvenil Alves. E não falo aqui de seus negócios pouco ortodoxos. Desde que recebi na minha casa, no início do ano, uma correspondência de um tal Juvenil me tratando por Antônio, falando de "nossa experiência na construção do PT" que eu percebi que algo estava errado. Os vários rumores sobre o dinheirão que seria investido, a abordagem a diretórios municipais, as adesões sem explicação eram muitos. Até que falar, falei. Mas não formalizei.

Abro um parêntese. Alguns membros da direção estadual admitem que tiveram informações, mas não agiram, pois não havia denúncia formal. Direção não é nem deve ser polícia. Mas estávamos diante de um problema político com uma dimensão ética. Depois de todas as denúncias, verdadeiras ou não, contra o PT, não tínhamos o direito de correr riscos com uma campanha que evidenciava fortemente o ABUSO do poder econômico. Fecho o parêntese.

Não quero mais omissões. Que venham problemas diferentes. Não se trata de qualquer desconfiança quanto à seriedade das pessoas. Essa é uma questão institucional. Mesmo porque o tesoureiro do PT municipal é meu amigo, foi meu assessor por duas vezes, e compartilha de minhas opiniões sobre esse assunto. Mas nós temos de exigir do PT aquilo que queremos para as instituições do país. O PT é público, não é propriedade de ninguém! Por isso suas contas também devem ser públicas. Por isso suspendo meus repasses. Como os recursos não me pertencem, ficam em conta, sobre a qual darei publicidade mensalmente, até que o PT municipal, TRANSPARENTEMENTE, ponha suas contas na internet. Eu não quero prestação de contas para o chato do Carlão, quero-as públicas.

Não tem cabimento nós ficarmos brigando para que a Câmara e a Prefeitura sejam transparentes, quando não fazemos isso no Partido. É direito de filiados, simpatizantes e eleitores, saberem quem paga, quem não paga e como é gasto o dinheiro do seu partido.

Na esperança de que minha conta na Caixa seja brevemente encerrada,

Fraternalmente,

Carlão Pereira
Vereador PT-BH
Fundador do PT e contribuinte sempre em dia

(Reproduzida da página do vereador na internet)

Clique aqui e adicione o Blog do Mello aos seus Favoritos

9 comentários:

  1. Anônimo9.12.06

    So no PT mesmo ...

    ResponderExcluir
  2. Anônimo9.12.06

    O segundo governo Lula e a desertificação social-liberal no Brasil
    por Ricardo Antunes [*]

    I

    As recentes eleições no Brasil conferiram à Lula um segundo mandato. Se em 2002, quando houve a primeira vitória nacional do partido dos Trabalhadores, ela sinalizava, em alguma dimensão, o inicio da desmontagem do neoliberalismo no Brasil. Praticamente concluído o primeiro mandato presidencial de Lula, pode-se constatar que os elementos de continuidade suplantaram completamente os traços de descontinuidade, abafando e finalmente travando as possibilidades de mudanças abertas com a eleição de 2002. O Brasil ajudava a referendar uma tese que tem sido reeditada em vários (ainda que não em todos) países: muitas forças de esquerda que se credenciam para demover o neoliberalismo, quando chegam ao poder, freqüentemente tornam-se prisioneiras da engrenagem neoliberal.

    Para aqueles que esperavam uma significativa mudança da política econômica, contraditando os interesses do FMI; que almejavam a contenção do fluxo de capitais que migram para o sistema financeiro internacional, esgotando a produção da nossa riqueza; que imaginavam que pudesse ocorrer uma recuperação substancial do salário mínimo nacional, contra a política de arrocho salarial; que combatiam a produção dos transgênicos que tantos riscos podem trazer a nossa saúde; que lutavam pela realização de uma reforma agrária profunda, imprescindível para desmontar a miséria brasileira; que esperavam uma real recuperação da res publica contra a política de privatizações dos anos 1990, enfim, pelo início de um programa efetivo de mudanças, com prazos e caminhos construídos com sólida impulsão popular e social, é imperioso constatar que a primeira "reforma" do governo Lula, logo em 2003, foi a (contra)reforma de previdência pública e sua privatização, foi agendada pelo FMI, imposição que o governo aceitou sem resistência, desestruturando um setor importante da classe trabalhadora brasileira, composta pelos funcionários públicos e que havia sido, até então, um dos pilares de sustentação do PT, particularmente no dificílimo período da ditadura militar.

    E, ao fazer isso, o governo Lula teve que derrotar cabalmente, exemplarmente, a ação dos trabalhadores públicos, escolhidos pelo governo como elemento causal da tragédia brasileira. Sua força não se voltou contra os capitais financeiros, contra os capitais transnacionais, contra os proprietários agrários, contra as privatizações que desmontaram o setor produtivo estatal e os serviços públicos, mas contra os trabalhadores do espaço público, um dos raros espaços onde se preserva a dignidade dos assalariados e se tenta obstar o flagelo dos mercados.

    E, de lá para cá, a política de superávit fiscal se acentuou, seguindo o receituário do FMI, que não cansa de citar o governo Lula como exemplo da América Latina; a produção do país foi essencialmente voltada para a remuneração do capital financeiro nacional e transnacional, além do grande capital produtivo.

    Por que tal fenômeno se efetivou? Por que ao invés do início da descontinuidade e ruptura com o neoliberalismo, o governo de Lula do PT postou-se como expressão forte de sua continuidade ?

    As explicações são, por certo, complexas, mas se encontram em grande medida na contextualidade vivenciada na década dos 90, onde pudemos presenciar movimentos de grande amplitude: 1) a proliferação do neoliberalismo na América Latina; 2) o desmoronamento cabal do "socialismo real" e a prevalência equivocada da tese que propugnava pelo "fim do socialismo"; 3) a socialdemocratização de parcela substancial da esquerda e seu influxo para a agenda social-liberal , eufemismo que a certa "esquerda" usa quando pratica o neoliberalismo.

    Como o PT sofreu esse processo? Responder a essa questão é condição para entendermos o que vem se passando no caso brasileiro e sua esquerda dominante.

    continua...
    http://resistir.info/brasil/r_antunes_01dez06.html

    ResponderExcluir
  3. Anônimo9.12.06

    8 DE DEZEMBRO DE 2006 - 16h48
    A cláusula de barreira, enfim liquidada, depois de 39 anos

    Em artigo para o Vermelho, o ex-deputado federal Haroldo Lima, membro do Comitê Central do PCdoB, explica as origens históricas da cláusula de barreira. O texto também analisa o impacto da decisão do Supremo Tribunal Federal, que derrubou a proposta da cláusula nesta quinta-feira (7/12). Confira o artigo.

    Enfim liquidada, depois de 39 anos.

    Por Haroldo Lima *

    Antes de partir, para nunca mais voltar, o ano de 2006 deixou para os verdadeiros democratas e especialmente para os comunistas do Brasil um presente inebriante - a derrocada da cláusula de barreira com que reacionários queriam liquidar a liberdade partidária em nosso país e golpear o partido do socialismo. Foi uma vitória esplendorosa, que tem uma história longa e impressionante.

    Tudo começou com a ditadura implantada em 1964 estabelecendo, em sua constituição de 1967, uma cláusula de barreira de 10%, como o índice mínimo de votos que um partido deveria ter para poder funcionar. A Junta Militar, quando outorgou sua constituição em 1969, deu uma de liberal e baixou essa cláusula para 5%. O general Geisel, em 1977, atônito com o crescimento da oposição, fechou o Congresso e editou o chamado Pacote de Abril. Criou o senador biônico, fez outras estripulias e manteve a cláusula de 5%. A ditadura já estava chegando ao seu fim, quando forças democráticas, no Congresso que se levantava, resolveram mexer na cláusula: não tiveram forças para aboli-la, mas suspenderam sua eficácia, através da Emenda Constitucional no 2, para as eleições de 1982. A dita cláusula continuou suspensa, nas eleições para a Constituinte, em 1986. E junto com outros esbulhos foi expurgada em 1988, pela mesma Constituinte, como "entulho autoritário".

    Mas a batalha continuou, já no clima democrático que se abriu após a Constituição de 1988. E quando chegou em 1995, as forças conservadoras conseguiram reintroduzir a cláusula de barreira de 5%, no texto da chamada Lei dos Partidos Políticos. Democratas, com os comunistas à frente, conseguiram fixar, no corpo da lei, que a mesma só entraria em vigor em 2006.

    E eis que em 2006, depois das eleições majoritárias e proporcionais, o PC do B retoma, com todo o vigor, a luta contra a cláusula. Empenha-se em somar forças com outros partidos e, com os PDT, PV, PSOL, PSB e PPS, protocolam no Supremo Tribunal Federal uma Ação Direta de Inconstitucionalidade contra o dispositivo da barreira. O Supremo discute e vota a matéria. Aprova-a, repelindo a cláusula de barreira estrepitosamente. Votação unânime. A vitória não poderia ser maior.

    E logo voltamos a marcar o significado das coisas. Afinal, a cláusula de barreira é filha legítima da ditadura militar, foi trazida ao mundo brasileiro em 1967, e daí para cá freqüenta, ultrajante, textos constitucionais e legais do país, finjindo-se que não é entulho, até agora, por 39 anos.

    Corremos ao noticiário, e que vemos? Alguns reacionários, travestidos de "cientistas políticos" e jornalistas, criticando o Supremo, lamentando o acontecido.

    É sabido que votações apertadas, em tribunal como o STF, deixa sempre lugar a polêmica, quanto à constitucionalidade de alguma coisa. Mas sabe-se também que votação unânime não deixa lugar a dúvida. Se o Supremo, por unanimidade, concluiu que a cláusula é inconstitucional, é porque é. Não reconhecer esse fato, é histeria e arrogância. Como faz a mídia hegemônica.

    Os que lamentam a posição do Supremo é porque queriam, com a maior desfaçatez, que a cláusula de barreira prevalecesse, pouco se incomodando se ela era constitucional ou não.

    Mas o momento é de alegria. E em meio à explosão de contentamento, um devaneio nos faz sentir uma ausência, a do camarada e amigo, que se estivesse por aqui, estaria transbordante de alegria, o velho e vitorioso Amazonas.

    * Haroldo Lima é membro do Comitê Central do PCdoB e diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP)

    http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=10986

    ResponderExcluir
  4. Anônimo9.12.06

    Acredito que Carlão foi corretíssimo em sua "carta meio-aberta". O PT e TODOS os partidos políticos do Brasil devem tornar público suas contas.

    Resposta ao comentário:

    Eu disse...
    "So no PT mesmo .."

    ResponderExcluir
  5. Anônimo9.12.06

    Excelente a atitude do vederador.´

    Abs

    Patrick
    www.blogdopatrick.blogspot.com

    ResponderExcluir
  6. Anônimo10.12.06

    Que coisa chata: um que reproduz um artigo do anti-petista histórico, o Ricardo Antunes; outro, do PC do B, que vem aqui vender seu peixe (informo que estou muito satisfeito com o Aldo Arantes, mas não sou do PC do B). Que coisa! O assunto desse post é outro, e fecho com o Carlão e não abro.

    ResponderExcluir
  7. Anônimo12.12.06

    11/12/2006 - 22h52
    Lula diz que maturidade o afastou da esquerda
    FELIPE NEVES
    da Folha Online

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) arrancou, na noite desta segunda-feira, risos e aplausos de uma platéia formada por empresários e intelectuais ao, de certa forma, desmerecer a esquerda brasileira. Segundo ele, trata-se de uma ideologia típica da juventude.

    "Se você conhece uma pessoa muito idosa esquerdista, é porque está com problema" [risos e aplausos]. "Se você conhecer uma pessoa muito nova de direita, é porque também está com problema", afirmou o presidente depois de receber o prêmio "Brasileiro do Ano" da revista "IstoÉ".

    Lula explicou que, em sua opinião, as pessoas responsáveis tendem a, conforme amadurecem, abrir mão de suas convicções radicais para alcançar uma confluência. Tal fenômeno ele classificou de "evolução da espécie humana".

    "Quem é mais de direita vai ficando mais de centro, e quem é mais de esquerda vai ficando social-democrata, menos a esquerda. As coisas vão confluindo de acordo com a quantidade de cabelos brancos, e de acordo com a responsabilidade que você tem. Não tem outro jeito".

    Segundo o presidente, a sua idade --60 anos-- é o ponto do equilíbrio. "Porque a gente não é nem um nem outro [nem novo nem velho]. A gente se transforma no caminho do meio, aquele que precisa ser seguido pela sociedade", afirma.

    Lula começou a falar sobre maturidade e juventude ao mencionar que, "depois de 20 e tantos anos criticando", agora é amigo e aliado de Delfim Neto, ex-ministro da Fazenda (1967-1974).

    Hora de destravar

    No resto de seu discurso, Lula voltou a enfatizar sua vontade de "destravar" o Brasil, para que possa alcançar o tão almejado crescimento econômico.

    Segundo ele, o grande dilema agora é conciliar essa necessidade de crescer com a manutenção do controle inflacionário. "Em que momentos o Brasil conseguiu crescer com inflação baixa?", questionou, mencionando o governo de Juscelino Kubitschek e o período militar.

    Mas o petista deixou claro que isso não o fará mudar sua convicção de que tem que manter a estabilidade econômica. E atacou os críticos.

    "Os mesmos que brigam a vida inteira contra a taxa de juros, não brigam contra o aumento da inflação. Não brigam, até porque no Brasil tem gente que ganha com a alta da inflação e, certamente, não são os trabalhadores brasileiros, e muito menos os que ganham menos", afirmou.

    Irônico, o presidente disse que pensou que poderia descansar depois das eleições, mas que, ao contrário, neste período não conseguiu para nem um minuto, tamanha é sua preocupação em criar medidas para desobstruir o desenvolvimento do país.

    Na conclusão, foi ainda mais enfático ao assumir um compromisso com a população. Disse que não terá sentido sua reeleição se ele não conseguir fazer o país dar o "passo seguinte", que é alcançar "crescimento econômico, com desenvolvimento, distribuição de renda e educação de qualidade".

    "Espero estar vivo para daqui quatro anos, aí sim, vocês me darem o prêmio de brasileiro que cumpriu com as palavras assumidas durante a campanha", disse.

    http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u87635.shtml

    ResponderExcluir
  8. Anônimo12.12.06

    Anistia acusa Brasil de omissão no massacre de Darfur

    GENEBRA - Organizações não-governamentais (ONGs) acusam o governo brasileiro de ditar sua posição sobre direitos humanos na Organização das Nações Unidas (ONU) com base em interesses de política externa e não pensando nas vítimas de violações, principalmente na África. Hoje, a situação dos massacres em Darfur, no Sudão, será tratada pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU em Genebra.

    O comportamento do Brasil será acompanhado atentamente por ativistas e demais governos. Isso porque o Itamaraty surpreendeu ao hesitar em dar apoio à resolução preparada pelos países ocidentais de pedir que autoridades do governo do Sudão sejam responsabilizadas pelo massacre. As ONGs estimam que, desde 2003, pelo menos 200 mil morreram no conflito armado entre o governo do Sudão e os grupos rebeldes em Darfur. Dois milhões de civis ainda foram obrigados a deixar suas casas e milícias estariam sendo armadas pelo governo.

    Não por acaso, a ONU classifica a situação como "crime contra a humanidade" e pede que as autoridades sejam investigadas. O governo do Sudão, que não esconde a satisfação com o governo brasileiro, afirma que os mortos chegam a apenas 9 mil. A proposta dos países ocidentais, que é liderada pela Europa e conta com o apoio de Argentina e Paraguai, prevê a visita de um representante da ONU à região e será votada hoje. "Ficamos chocados com a posição brasileira", afirmou Mariette Grange, diretora da Human Rights Watch.

    Ativistas querem que o Itamaraty - empenhado em aproximar o Brasil de países da África - não esqueça a defesa pelos direitos humanos. Grupo de 18 entidades, lideradas pela ONG Conectas, enviou carta ontem ao governo brasileiro apelando para que vote pela proposta. Brasília já havia adotado igual postura ao não endossar outra proposta européia sobre o tema há duas semanas, preferindo se abster. "Isso é o mesmo que apoiar a impunidade", criticou a Human Rights Watch.

    Para Osman Hummaida, diretor da Organização do Sudão Contra a Tortura, o Brasil está certo em tentar formular uma política externa alternativa aos EUA ou Europa e de não votar na ONU segundo a orientação de países ricos. "Mas essa diplomacia alternativa não pode valer para todos os setores. Nos direitos humanos, está tendo resultados negativos para as vítimas e o Brasil precisa considerar isso", acusou Hummaida.

    A Anistia Internacional na ONU ironizou a posição do Brasil. "O País aprendeu rápido a ser uma potência e a colocar interesses próprios acima da defesa de direitos humanos." Em carta enviada pelo Itamaraty às ONGs há dez dias, o governo se limitou a dizer que a situação em Darfur era "complexa" e estava preocupado com a polarização entre os países do Norte e do Sul na ONU. O Brasil também teria optado por não apoiar a resolução européia para "preservar espaço diplomático de interlocução com os africanos, adotando atitude construtiva".

    Na carta enviada pela Conectas, as ONGs afirmam que "uma postura construtiva e a preservação do espaço diplomático de interlocução com os africanos não podem deixar de lado os imperativos dos direitos humanos". O Brasil ainda tentava atuar ontem como mediador entre os países ocidentais e os africanos.

    O Sudão, apoiado pelos árabes e africanos, aceitava uma resolução que enviasse representantes da comunidade internacional, mas queria também que governos fizessem parte da missão. Os europeus se recusam a aceitar a proposta. Para o Brasil, uma opção seria o envio de representante da ONU, além de uma personalidade política relevante do cenário internacional. Para as ONGs, a proposta brasileira não é suficiente. O Itamaraty afirmou que não comentaria o assunto porque a posição brasileira ainda está sendo discutida e pode ser mudada.

    http://www.tribunadaimprensa.com.br/noticia.asp?noticia=pais06

    ResponderExcluir
  9. Anônimo12.12.06

    Lula diz que maturidade o afastou da esquerda
    FELIPE NEVES da Folha Online
    http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u87635.shtml

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) arrancou, na noite desta segunda-feira, risos e aplausos de uma platéia formada por empresários e intelectuais ao, de certa forma, desmerecer a esquerda brasileira. Segundo ele, trata-se de uma ideologia típica da juventude.

    "Se você conhece uma pessoa muito idosa esquerdista, é porque está com problema" [risos e aplausos]. "Se você conhecer uma pessoa muito nova de direita, é porque também está com problema", afirmou o presidente depois de receber o prêmio "Brasileiro do Ano" da revista "IstoÉ".

    Lula explicou que, em sua opinião, as pessoas responsáveis tendem a, conforme amadurecem, abrir mão de suas convicções radicais para alcançar uma confluência. Tal fenômeno ele classificou de "evolução da espécie humana".

    "Quem é mais de direita vai ficando mais de centro, e quem é mais de esquerda vai ficando social-democrata, menos a esquerda. As coisas vão confluindo de acordo com a quantidade de cabelos brancos, e de acordo com a responsabilidade que você tem. Não tem outro jeito".

    Segundo o presidente, a sua idade --60 anos-- é o ponto do equilíbrio. "Porque a gente não é nem um nem outro [nem novo nem velho]. A gente se transforma no caminho do meio, aquele que precisa ser seguido pela sociedade", afirma.

    Lula diz que Brasil não pode trocar democracia por investimentos

    Daniel Gallas de São Paulo
    http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2006/12/061212_lula_dg.shtml

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira que o Brasil “não pode e nem deve oferecer” o que outros países concedem na busca por investimentos estrangeiros, ao comentar a competição com a China e com a Índia. Segundo Lula, o Brasil precisa competir no mercado internacional com uma democracia forte.

    Estas colocações do presidente Lula não o coloca na CONTRAMÃO da história da América Latina? LULA é um TRAIDOR da esquerda? Este comentário TOTALMENTE IDIOTA do LULA sobre a 'idéia" que estamos disputando mercado com a CHINA (impossível) e a Índia colocando nas entrelinhas que a ARGENTINA, o MÉXICO e outros estão ficando para trás, não coloca a INTEGRAÇÃO SULAMERICANA em dúvida? BRASIL É IMPERIALISTA? Se fosse um argentino, com certeza eu iria solicitar que o BRASIL se retirasse do MERCOSUL, já que o seu discurso está repleto de EGOÍSMO.

    ResponderExcluir

Gostou? Comente. Encontrou algum erro? Aponte.
E considere apoiar o blog, um dos poucos sem popups de anúncios, que vive apenas do trabalho do blogueiro e da contribuição dos leitores.
Colabore via PIX pela chave: blogdomello@gmail.com
Obrigado.