segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Depois de Gilmar Mendes, agora é a vez de Renan Calheiros descer o pau em juízes e procuradores, que chamou de fascistas

As coisas já andaram mais tranquilas no andar de cima. Até o impeachment de Dilma, todos pareciam falar a mesma língua. Agora, o conflito de interesses salta aos olhos e ouvidos mais atentos.

Ainda ontem , numa entrevista publicada na Folha, o ministro Gilmar Mendes criticou os abusos cometidos por procuradores e juízes de primeira instância e disse que o Brasil estava uma bagunça de A a Z.

Hoje, foi a vez do presidente do Senado Renan Calheiros. Após sair de uma conversa com o presidente Temer (detalhe muito importante), Renan soltou a língua e se mostrou particularmente indignado com a prisão de funcionários do Senado a serviço de senadores.

Sobrou até para o candidato da Globo em 2018, o juiz Moro. Embora não tenha se referido a ele mas ao juiz Vallisney de Souza Oliveira, Renan tratou o juiz de primeira instância (como Moro) por juizeco:

Tenho ódio e nojo a métodos fascistas. Como presidente do Senado, cabe a mim repeli-los. Um juizeco de primeira instância não pode, a qualquer momento, atentar contra qualquer poder. É preciso que juiz demonstre que fatos gravíssimos que embasaram a prisão. Busca e apreensão no Senado só pode ser feita por decisão do STF.

Na verdade, todo esse jogo de cena tem apenas um propósito: parar a Lava Jato por aqui. Renan, pelas acusações que existem contra ele e seus colegas do PMDB. Gilmar, pelos seus queridos tucanos.

Nesse primeiro momento, os interesses do PSDB e do PMDB em parar a Lava Jato são coincidentes. Mais adiante é que eles vão brigar para ver quem vai ficar com os despojos do país que estão destruindo.

Um comentário:

  1. Anônimo24.10.16

    ATENÇÃO, MUITA ATENÇÃO PARCELA DO BEM DA NAÇÃO BRASILEIRA!
    E MUITO, MUITO CUIDADO!

    ***

    Movimentos sociais: prestem atenção a essa expressão em inglês: “Lawfare”! Quem será a próxima vítima?

    O Washington Post, de 23/dez/2015, publicou uma matéria sobre o juíz Sérgio Moro que contém o seguinte parágrafo: Em 1998, Moro e Gisele Lemke, uma juíza federal amiga dele

    EM 1998, MORO E GISELE LEMKE, UMA JUÍZA FEDERAL AMIGA DELE, PASSARAM UM MÊS EM UM PROGRAM ESPECIAL NA ESCOLA DE DIREITO DE HARVARD. EM 2007, MORO PARTICIPOU DE UM CURSO DE 3 SEMANA PARA POTENCIAIS LÍDERES PATROCINADO PELO DEPARTAMENTO DE ESTADO DOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA.

    A Operação Lava-Jato representa um típico exemplo de Lawfare, no seu sentido mais amplo e atual: trata-se da utilização de meios judiciais frívolos, com aparência de legalidade para cooptação da opinião pública, com o inegável objetivo de neutralizar o inimigo eleito – Lula. Assim os advogados de Lula argumentam contra as teses da acusação.

    Em outras palavras, o defensores de Lula acusam Moro e envolvidos na Lava-Jato de usar a lei para, através de ações inconsistentes e de pouca importância, tentar deslegitimar e incapacitar Lula perante a opinião pública, que é exatamente o objetivo de Lawfare.
    (...)

    FONTE [LÍMPIDA!]: https://jornalistaslivres.org/2016/10/movimentos-sociais-prestem-atencao-essa-expressao-em-ingles-lawfare/

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