Após apostar até as últimas fichas na infâmia e na baixaria, a Abril (Veja) está quebrada


O Sindicato dos Jornalistas de São Paulo já recebeu aviso de executivos da Abril de que a empresa vai demitir grande número de jornalistas e funcionários da empresa. Motivo: estão quebrados. Nos últimos meses têm conseguido pagar os funcionários com empréstimos bancários. Só que os bancos não querem emprestar mais, pois não veem futuro na empresa.


O Sindicato dos Jornalistas de São Paulo convocou repórteres, editores, designers, repórteres fotográficos e revisores da Abril no último dia 14, para uma Assembleia Geral Extraordinária. O objetivo era debater as informações sobre a possibilidade de demissões na editora ainda em setembro.

Segundo uma fonte de dentro da editora, os advogados do Grupo entraram em contato com o sindicato para tentar um acordo. “Eles querem demitir, mas não têm dinheiro pra pagar as rescisões. Querem parcelar em dez vezes”, disse. Ainda de acordo com a fonte, faz três meses que a Abril realiza empréstimos no banco pra cobrir a folha de pagamento. Diante deste cenário e de um suposto ultimato dado à Abril pelo banco, o sindicato convocou a categoria para informar a situação e debater o que os jornalistas preferiam: aceitar ou negar a proposta. 

A informação foi confirmada por Paulo Zocchi, presidente do Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo. Ele afirmou que a Abril “pretende demitir um certo número de jornalistas - um pequeno número-, no quadro de uma demissão de dezenas de funcionários, mas sobretudo administrativos, e pretende parcelar as verbas rescisórias”.

O receio de parte dos profissionais da Abril é que em novembro passa a valer a reforma trabalhista e “vão poder mandar embora mais tranquilamente, oferecer aquele comum acordo, que não precisará mais ser homologado pelo sindicato”, aponta a fonte. Até o momento, o sindicato identifica abuso em casos como este. “A editora poderá elaborar uma cláusula de que está quitando tudo, abdicando assim, de qualquer processo judicial posterior”, lamenta a fonte. [Leia reportagem completa no Portal Imprensa]

Curioso o destino da Abril: entra em quebradeira exatamente quando o estilo de jornalismo que ela melhor representou no Brasil - o das fake news, do assassinato de reputação - parece vitorioso.

Aqui no Blog do Mello fiz há tempos uma crítica à Veja a partir de uma versão paródia em cima de uma capa deles com o Marcos Valério, em que o publicitário afirmava que Lula sabia de tudo e era o chefe do chamado mensalão.

Curta aí minha versão, onde quem confessa é Civita, dono da Veja (hoje falecido), que conta toda a tramoia tucana. O jogo sujo contra Lula e os governos petistas. A sensação (agora confirmada) de que iria quebrar. À moda de Veja. Confira.



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