Guerra nuclear Rússia vs EUA-OTAN mataria 34,1 milhões e feriria 57,4 milhões em poucas horas, aponta estudo
Um estudo da Universidade de Princeton, de 2019 (ou seja, desatualizado, porque de lá para cá houve novos desenvolvimentos, especialmente da Rússia), aponta que uma guerra entre Rússia e EUA-OTAN, que evoluísse da convencional para a nuclear, afetaria a vida de 91,5 milhões de pessoas, somente nas primeiras horas. Seriam 34,1 milhões de mortos e 57,4 milhões de feridos.
É sobre isso que os líderes mundiais estão brincando, jogando gasolina numa fogueira, que poderia ser imediatamente apagada, caso fosse atendida a demanda russa de não entrada da Ucrânia na OTAN e, talvez, do reconhecimento das repúblicas de Donetsk e Lugansk. Ou seja lá o que for, mas desde que decidido numa mesa de conversação e não em campos de batalha, porque é assunto que interessa ao planeta.
A informação é do GGN, do Luis Nassif. Ao final do texto, assista ao vídeo da simulação da guerra nuclear, feito por Princeton.
Um estudo realizado pelo Departamento de Ciência e Defesa Global da
Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, simula como seria a
evolução de uma “guerra convencional” entre Rússia e EUA-OTAN para uma
“guerra nuclear”.
Segundo os pesquisadores, uma guerra nuclear entre as maiores
potencias do mundo afetaria mais de 91,5 milhões de pessoas, sendo que
34,1 milhões seriam mortas em poucas horas e outras 57,4 milhões
ficariam gravemente feridas.
A estimativa de vítimas considera apenas o impacto imediato das
explosões. Ou seja, o número poderia aumentar em virtude da radiação e
outros efeitos de longo prazo.
Batizado de “Plano A”,
o estudo foi feito em 2019 a partir da “avaliação independente” de
planos de guerra e das armas nucleares disponíveis atualmente em cada
País, além dos possíveis alvos para armas específicas, entre outros
fatores.
COMO SERIA UMA GUERRA NUCLEAR ENTRE RÚSSIA E EUA-OTAN
Na simulação de guerra nuclear, o ponto de partida seria um conflito
militar convencional entre Rússia, de um lado, e os Estados Unidos e
países da OTAN, de outro.
Para frear o avanço do Ocidente, a Rússia lançaria um primeiro ataque
nuclear de advertência a partir de uma base na cidade de Kaliningrado,
região entre a Polônia e a Lituânia, à beira do Mar Báltico. O alvo
seria a fronteira entre Alemanha, Polônia e República Checa. A aliança
Estados Unidos-OTAN retaliaria com outro ataque de precisão a partir de
uma base no oeste da Alemanha.
À medida que o limiar nuclear é ultrapassado, a luta se transforma em
uma guerra nuclear tática na Europa. A Rússia poderia enviar 300 ogivas
nucleares via aeronaves e mísseis de curto alcance para atingir bases
da OTAN e tropas em avanço. A OTAN poderia responder com aproximadamente
180 ogivas nucleares via aeronaves. Somente com essa movimentação, 2,6
milhões de pessoas estariam mortas dentro de aproximadamente 3 horas.
O vídeo abaixo mostra, a partir do 1:30 minuto, quais seriam as
regiões atacadas pela Rússia. O vídeo foi publicado há cerca de dois
anos por Alex Glaser, um dos desenvolvedores do estudo em Princeton.
O corredor entre Bélgica, França, Alemanha, Suíla, Áustria, Itália
estaria entre os primeiros alvos. Na sequência, Polônia, Lituânia,
Letônia, Estônia, Ucrânia, Romênia, Bulgária, entre outros. Da região
russa na fronteira com a Finlândia sairiam os mísseis que tentariam
neutralizar o contra-ataque do Ocidente.
Na terceira fase da guerra, com a Europa destruída, a OTAN lançaria
um ataque nuclear estratégico de 600 ogivas de mísseis terrestres e
submarinos dos Estados Unidos contra as forças nucleares russas. Antes
de perder seus sistemas de armas, a Rússia lançaria um alerta e
responderia com disparo de mísseis instalados em silos, veículos
rodoviários e submarinos. O estrago seria de mais 3,4 milhões de mortes.
Na quarta etapa, a Rússia e a OTAN atacariam as 30 cidades e centros
econômicos mais populosos do outro, usando de 5 a 10 ogivas em cada
cidade, dependendo do tamanho da população. O objetivo seria impedir a
recuperação do adversário. Em 45 minutos, essa decisão causaria mais de
85 milhões de mortes.
Estados Unidos e Rússia possuem juntos 90% das armas nucleares do
mundo. A hipótese de guerra nuclear retornou à pauta graças à invasão da
Rússia à Ucrânia, no final de fevereiro de 2022. A Ucrânia não dispõe
de armas nucleares e ainda não faz parte da OTAN. A invasão resultou em
sanções econômicas à Rússia. Analistas consideram que uma terceira
guerra mundial, com ou sem uso de armas nuclear, seria improvável neste
momento. Mas Putin já colocou equipes de armas nucleares em estado de
alerta.
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