A manobra do Procurador (Prevaricador, segundo o senador Collor) Geral da República, Gurgel, primeiro retirando da pauta do STF o pedido de prisão dos chamados mensaleiros, e depois apresentando novo pedido, quando já não era mais possível sua apreciação pelo colegiado, foi mais do que uma chicana, uma jogada, foi um deboche, um acinte, um tapa na cara dos brasileiros e seus representantes no Congresso Nacional.
Gurgel sabe que a prisão seria negada pelo colegiado, e aposta - ou até combinou com Barbosa - que o presidente do STF vai decidir monocraticamente pela prisão dos condenados, ainda que as ações não tenham transitado em julgado.
Como mau mágico, Gurgel deixou claro seu truque, sua trapaça, e a plateia não pode permitir que o STF seja usado não para fazer Justiça, mas para um justiçamento, um linchamento promovido, apoiado e ampliado pela mídia corporativa.
O Senado, a quem cabe pela Constituição pedir impeachment tanto dos ministros do Supremo quanto do PGR, deve agir de imediato e de modo a deixar claro que a sociedade brasileira, que respira ares democráticos há tão pouco tempo, não tolera nem vai permitir que essa farsa passe impune.
Gilmar Mendes ou Joaquim Barbosa? O arrogante ou o ressentido? Quem é pior para presidir o STF?
A presidência do STF sob Gilmar Mendes todos já vivemos. Arrogante, vaidoso, pusilânime diante dos poderosos aliados, covarde, usando o cargo contra adversários ("Vou chamar o presidente [Lula] às falas"), Mendes é um poço de insegurança, que ele busca camuflar com uma imagem de durão.
Mas, reparem, não no que ele quer mostrar, mas (como nos mágicos) no que ele busca esconder, e percebam como ele gagueja, fala fino, balança a cabeça como um menino mimado perdido, quando é contestado.
É um inseguro típico, que sabe que está ali não por merecimento, mas como prêmio por serviços prestados aos tucanos.
Graças a isso, agradecido, não traiu os seus (tem um retrato de FHC em sua mesa de trabalho) e deu dois HC para Daniel Dantas, o elo mercado da Privataria Tucana (o político foi Serra).
Já Joaquim Barbosa é o ressentido típico. Não é o revolucionário, que quer mudar o status quo, Barbosa quer apenas mostrar sua contrariedade com o papel que lhe reservaram.
Agora, no poder, vai à forra: ele se vinga, ele ironiza seus pares, os agride, ele se projeta o justiceiro, o homem que veio de baixo para corrigir as injustiças, o ungido, que vai mostrar aos brasileiros que um negro, pobre chegou lá e vai ensinar aos brancos e ricos e políticos o que é certo e o que é errado.
Ele se acha o Adeodato da Guerra do Contestado, que teria dito "Eu sou a palmatória do mundo".
Daí a pergunta: Quem é pior para presidir o STF?
Mas, reparem, não no que ele quer mostrar, mas (como nos mágicos) no que ele busca esconder, e percebam como ele gagueja, fala fino, balança a cabeça como um menino mimado perdido, quando é contestado.
É um inseguro típico, que sabe que está ali não por merecimento, mas como prêmio por serviços prestados aos tucanos.
Graças a isso, agradecido, não traiu os seus (tem um retrato de FHC em sua mesa de trabalho) e deu dois HC para Daniel Dantas, o elo mercado da Privataria Tucana (o político foi Serra).
Já Joaquim Barbosa é o ressentido típico. Não é o revolucionário, que quer mudar o status quo, Barbosa quer apenas mostrar sua contrariedade com o papel que lhe reservaram.
Agora, no poder, vai à forra: ele se vinga, ele ironiza seus pares, os agride, ele se projeta o justiceiro, o homem que veio de baixo para corrigir as injustiças, o ungido, que vai mostrar aos brasileiros que um negro, pobre chegou lá e vai ensinar aos brancos e ricos e políticos o que é certo e o que é errado.
Ele se acha o Adeodato da Guerra do Contestado, que teria dito "Eu sou a palmatória do mundo".
Daí a pergunta: Quem é pior para presidir o STF?
Criador do 'domínio de fato', jurista alemão avisa que partes do porco podem ser porco ou feijoada. Tem que provar
O jurista alemão Claus Roxin ficou louco quando soube que aqui no Brasil, no julgamento do tal mensalão, STF decide que, se tem rabo, orelha e pé de porco, é porco. Mesmo que seja feijoada.
Pela nova jurisprudência do STF, sacada do bolso agora nesta ação específica contra o PT, se há indícios (não precisa nem da presença, apenas indícios, o cheirinho, a fumaça, a gordura boiando) de pé de porco, rabo de porco, orelha de porco, lombo, joelho, costela de porco, trata-se de um porco. Mesmo que seja feijoada.
É o que fica claro numa entrevista do jurista à Folha há mais de 15 dias e que, no entanto, só foi publicada, discretamente, agora:
Essa posição fica clara na resposta à pergunta das repórteres Cristina Grillo e Denise Menchen:
Pela nova jurisprudência do STF, sacada do bolso agora nesta ação específica contra o PT, se há indícios (não precisa nem da presença, apenas indícios, o cheirinho, a fumaça, a gordura boiando) de pé de porco, rabo de porco, orelha de porco, lombo, joelho, costela de porco, trata-se de um porco. Mesmo que seja feijoada.
É o que fica claro numa entrevista do jurista à Folha há mais de 15 dias e que, no entanto, só foi publicada, discretamente, agora:
[Roxin] aprimorou a teoria do domínio do fato, segundo a qual autor não é só quem executa o crime, mas quem tem o poder de decidir sua realização e faz o planejamento estratégico para que ele aconteça.
[Mas, ele destaca] "Quem ocupa posição de comando tem que ter, de fato, emitido a ordem. E isso deve ser provado", diz Roxin.
Essa posição fica clara na resposta à pergunta das repórteres Cristina Grillo e Denise Menchen:
- É possível usar a teoria para fundamentar a condenação de um acusado supondo sua participação apenas pelo fato de sua posição hierárquica?
ROXIN- Não, em absoluto. A pessoa que ocupa a posição no topo de uma organização tem também que ter comandado esse fato, emitido uma ordem. Isso seria um mau uso.
Até o Estadão denuncia que baixarias contra Haddad vêm da campanha de José Serra, o Dick Vigarista da política brasileira
A coisa em São Paulo está mais feia para Serra que ele mesmo. Até o tradicionalíssimo jornalão Estadão denuncia que o núcleo da baixaria na campanha para a prefeitura de São Paulo vem de José Serra, o Dick Vigarista da política brasileira.
Site falso:
Criminosa comunicação de que Enem deste ano estaria cancelado (o que não é verdade):
Numa situação normal, a candidatura José Serra seria cassada. Mas nem quero que isso aconteça. Aguardo a resposta das urnas no domigo, para que ele tome uma surra democrática e leve seu bafo nojento e golpista para os tribunais onde ainda terá que responder aos vários crimes (além desses dois) cometidos contra o povo brasileiro.
Que esta eleição seja o início do fim de José Serra, o Dick Vigarista da política brasileira.
Site falso:
Site falso de Haddad foi criado em empresa da campanha de Serra
A provedora de internet GVT informou nesta sexta-feira, 26, que o site apócrifo "Propostas Haddad 13", que imitava a linguagem visual usada pela campanha do candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, mas desferia críticas ao petista, foi criado na sede da Soda Virtual, empresa contratada pela campanha do candidato tucano, José Serra, por R$ 250 mil reais, para prestar serviços de "criação e inclusão de páginas na internet". [confira íntegra aqui]
Criminosa comunicação de que Enem deste ano estaria cancelado (o que não é verdade):
O Ministério da Educação (MEC) pediu ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que a Polícia Federal abra investigação sobre boatos que circularam nas redes sociais de que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deste ano teria sido cancelado. Fontes do MEC disseram ter "convicção" de que a informação falsa partiu de Eden Wiedemann, integrante da equipe de mídias sociais da campanha de José Serra (PSDB) à Prefeitura. [Essa informação de autoria do boato está confirmada]
Numa situação normal, a candidatura José Serra seria cassada. Mas nem quero que isso aconteça. Aguardo a resposta das urnas no domigo, para que ele tome uma surra democrática e leve seu bafo nojento e golpista para os tribunais onde ainda terá que responder aos vários crimes (além desses dois) cometidos contra o povo brasileiro.
Que esta eleição seja o início do fim de José Serra, o Dick Vigarista da política brasileira.
Alguém acredita que interpretação que STF fez do mensalão do PT vai valer para PSDB, Dantas e criminosos do colarinho branco?
Será que todo o circo, a indignação encenada, as frases rebuscadas, as consultas a assessores "criativos", os floreios abundantemente usados no julgamento do tal mensalão do PT vão ser utilizados mais adiante contra poderosos do colarinho branco ou políticos que não sejam petistas? Ou tudo isso será jogado fora, como fantasia de carnaval, passada a folia midiática?
Estou entre os pessimistas. Para mim, o julgamento do "mensalão do PT", assim que acabar, vai passar como uma bolha, um interregno, um intervalo, e depois tudo voltará a ser como sempre foi, uma eterna Quarta-Feira de Cinzas.
Ou alguém acha que FHC, José Serra, Pedro Malan, Ricardo de Oliveira, Eduardo Azeredo, todos os citados na Lista de Furnas e no escândalos das Privatizações, do Banestado, das Sanguessugas, etc., serão julgados como Dirceu e Genoíno?
Você acredita que o Sargento Garcia pega o Zorro? E em Papai Noel e Coelhinho da Páscoa? Nem eu.
O STF é um tribunal de casta e vai voltar a ela, assim que o espetáculo midiático do mensalão termine.
Ou você acha que não?
Estou entre os pessimistas. Para mim, o julgamento do "mensalão do PT", assim que acabar, vai passar como uma bolha, um interregno, um intervalo, e depois tudo voltará a ser como sempre foi, uma eterna Quarta-Feira de Cinzas.
Ou alguém acha que FHC, José Serra, Pedro Malan, Ricardo de Oliveira, Eduardo Azeredo, todos os citados na Lista de Furnas e no escândalos das Privatizações, do Banestado, das Sanguessugas, etc., serão julgados como Dirceu e Genoíno?
Você acredita que o Sargento Garcia pega o Zorro? E em Papai Noel e Coelhinho da Páscoa? Nem eu.
O STF é um tribunal de casta e vai voltar a ela, assim que o espetáculo midiático do mensalão termine.
Ou você acha que não?
Corra, Serra, corra! Faltam apenas 7 pontos para alcançar recorde de rejeição de Maluf - 59%
A mais recente pesquisa do Datafolha, estranhamente divulgada na calada da noite, mostra que Haddad tem uma vantagem de 17 pontos sobre Serra (49 a 32), o que praticamente garante a vitória do candidato petista. Serra, como rabo de cavalo, só cresce pra baixo, e sua rejeição alcança na mesma pesquisa 52%.
Em 2008, Paulo Maluf teve a rejeição recorde de 59%. Mas Serra vai chegar lá: com seu carisma, seu sorriso cativante, abraçado a Kassab e Malafaia e incensado pelo blogueiro de esgoto, é pule de dez.
Mas a rejeição recorde não significa o fim de carreira para Serra. Ele já responde a muitos processos, e a Privataria Tucana, a lista de Furnas garantem que ele ainda terá muitos dias piores pela frente. Não se pode negar a ele esse mérito: Serra fez e faz por merecer.
Em 2008, Paulo Maluf teve a rejeição recorde de 59%. Mas Serra vai chegar lá: com seu carisma, seu sorriso cativante, abraçado a Kassab e Malafaia e incensado pelo blogueiro de esgoto, é pule de dez.
Mas a rejeição recorde não significa o fim de carreira para Serra. Ele já responde a muitos processos, e a Privataria Tucana, a lista de Furnas garantem que ele ainda terá muitos dias piores pela frente. Não se pode negar a ele esse mérito: Serra fez e faz por merecer.
Estará o STF agindo como uma quadrilha para que julgamento do mensalão coincida com eleições municipais?
A partir da dominante tese de "domínio do (ou de para outros) fato", em que a evidente presença de orelha, rabo, pé, costela e barriga de porco significa que estamos diante de um porco, por mais que estejamos diante de uma fumegante feijoada (leia aqui), tudo é possível no estranho universo do STF, que julga com uma faca no pescoço, espetada pela mídia corporativa.
Então, por que não podemos especular que as excelências supremas estejam agindo como quadrilha organizada para derrubar um governo legitimamente eleito, reeleito e novamente eleito por maioria, em eleições livres e democráticas?
Seria apenas uma simples coincidência o julgamento do tal mensalão do PT ocorrer no exato e preciso instante das eleições municipais?
Por que o julgamento do mensalão mineiro pôde ser desmembrado e o do PT não, se o juizes que analisaram os mesmíssimos pedidos são em sua grande maioria os mesmos?
Quem não se lembra da pressão da mídia e de vários dos ministros para que o ministro revisor do processo, Ricardo Lewandowski, entregasse logo seu texto? Por que a pressa? O ministro chegou a confessar que estava sendo constrangido, e emitiu nota sobre o assunto :
A desculpa oficial era que se pretendia acelerar o processo para permitir o voto do ministro Peluso, que se aposentaria em setembro. O que o povo brasileiro e os acusados tinham a ver com isso pareceu irrelevante.
Mas o fato é que coincidiu o julgamento do mensalão com as eleições.
Agora, às vésperas do segundo turno, há nova correria no STF, sob alegação de que tudo deve ser votado até semana que vem (exata e coincidentemente a das eleições) porque o relator terá de viajar para tratamento de saúde. O mais ridículo é que a tal ausência seria de no máximo uma semana. Por que o processo de há sete anos não pode esperar uma semana?
Então, o que fica parecendo é que o objetivo apenas é fazer coincidir o julgamento e a condenação com o segundo turno das eleições.
Aliás, o insuspeito Estadão acaba entregando o esquema - o objetivo do STF é municiar as campanhas oposicionistas - com matéria curiosamente intitulada "STF acelera julgamento e pretende definir punições a três dias do 2º turno":
Mais diretos que isso, só se gritassem GOLPE!...
Ontem, para "agilizar" o processo, os ministros cancelaram uma sessão ordinária do STF, sob protesto do ministro Lewandowski, que argumentou que outros processos precisavam da atenção do Supremo, inclusive com pedidos de habeas corpus. Foi voto vencido, o que significa que também pessoas que poderiam sair da prisão na terça que vem continuarão na cadeia para que o processo do mensalão coincida com as eleições.
Se as excelentíssimas excelências podem julgar e condenar a partir de indícios, por que nós não? Para isso, posso usar as mesmíssimas palavras do excelentíssimo ministro Celso de Mello:
É exatamente o que acontece com esta coincidência mensalão-eleições: "indícios convergentes, que se harmonizam entre si e não se repelem e não se desautorizam mutuamente".
Não me surpreenderei se o desfecho do drama, ou da farsa, for a prisão imediata dos réus, para que sejam produzidas imagens para a mídia corporativa tentar levantar candidaturas de oposição ao governo.
O presidente do STF Ayres de Brito chegou a afirmar que o PT tentou um golpe republicano. Não estarão os ministros, em conluio com a mídia, tentando um golpe supremo?
Acho bom as excelências sacodirem a poeira com suas capas pretas e prestarem atenção a dois "dados concretos" (como diria nosso presidente Lula):
Leia também:
Então, por que não podemos especular que as excelências supremas estejam agindo como quadrilha organizada para derrubar um governo legitimamente eleito, reeleito e novamente eleito por maioria, em eleições livres e democráticas?
Seria apenas uma simples coincidência o julgamento do tal mensalão do PT ocorrer no exato e preciso instante das eleições municipais?
Por que o julgamento do mensalão mineiro pôde ser desmembrado e o do PT não, se o juizes que analisaram os mesmíssimos pedidos são em sua grande maioria os mesmos?
Quem não se lembra da pressão da mídia e de vários dos ministros para que o ministro revisor do processo, Ricardo Lewandowski, entregasse logo seu texto? Por que a pressa? O ministro chegou a confessar que estava sendo constrangido, e emitiu nota sobre o assunto :
"Sempre tive como princípio fundamental, em meus 22 anos de magistratura, não retardar nem precipitar o julgamento de nenhum processo, sob pena de instaurar odioso procedimento de exceção."[Fonte]
A desculpa oficial era que se pretendia acelerar o processo para permitir o voto do ministro Peluso, que se aposentaria em setembro. O que o povo brasileiro e os acusados tinham a ver com isso pareceu irrelevante.
Mas o fato é que coincidiu o julgamento do mensalão com as eleições.
Agora, às vésperas do segundo turno, há nova correria no STF, sob alegação de que tudo deve ser votado até semana que vem (exata e coincidentemente a das eleições) porque o relator terá de viajar para tratamento de saúde. O mais ridículo é que a tal ausência seria de no máximo uma semana. Por que o processo de há sete anos não pode esperar uma semana?
Então, o que fica parecendo é que o objetivo apenas é fazer coincidir o julgamento e a condenação com o segundo turno das eleições.
Aliás, o insuspeito Estadão acaba entregando o esquema - o objetivo do STF é municiar as campanhas oposicionistas - com matéria curiosamente intitulada "STF acelera julgamento e pretende definir punições a três dias do 2º turno":
A conclusão do julgamento dará nova munição às campanhas de adversários do PT pelo País, que já têm explorado, por exemplo, a condenação do ex-ministro José Dirceu e dos ex-dirigentes do partido José Genoino e Delúbio Soares. Até lá, além de julgar se houve a formação de uma quadrilha para cometer os crimes denunciados pelo Ministério Público, a definição das penas indicará quais réus terão de cumprir pena em regime fechado ou em semiaberto.
Mais diretos que isso, só se gritassem GOLPE!...
Ontem, para "agilizar" o processo, os ministros cancelaram uma sessão ordinária do STF, sob protesto do ministro Lewandowski, que argumentou que outros processos precisavam da atenção do Supremo, inclusive com pedidos de habeas corpus. Foi voto vencido, o que significa que também pessoas que poderiam sair da prisão na terça que vem continuarão na cadeia para que o processo do mensalão coincida com as eleições.
Se as excelentíssimas excelências podem julgar e condenar a partir de indícios, por que nós não? Para isso, posso usar as mesmíssimas palavras do excelentíssimo ministro Celso de Mello:
“Há elementos probatórios, não importa se indiciários, ainda mais se são indícios convergentes, que se harmonizam entre si e não se repelem e não se desautorizam mutuamente” [Fonte]
É exatamente o que acontece com esta coincidência mensalão-eleições: "indícios convergentes, que se harmonizam entre si e não se repelem e não se desautorizam mutuamente".
Não me surpreenderei se o desfecho do drama, ou da farsa, for a prisão imediata dos réus, para que sejam produzidas imagens para a mídia corporativa tentar levantar candidaturas de oposição ao governo.
O presidente do STF Ayres de Brito chegou a afirmar que o PT tentou um golpe republicano. Não estarão os ministros, em conluio com a mídia, tentando um golpe supremo?
Acho bom as excelências sacodirem a poeira com suas capas pretas e prestarem atenção a dois "dados concretos" (como diria nosso presidente Lula):
- A presidenta tem quase 80% de aprovação
- A presidenta já mostrou na ditadura que não foge à luta
Leia também:
- No julgamento do mensalão, STF decide que, se tem rabo, orelha e pé de porco, é porco. Mesmo que seja feijoada
- Ministros do STF, desçam do pedestal e vejam como são feitas eleições no Brasil. Comecem por Diamantino, de Gilmar Mendes
- E não é que o mensalão do PT ajudou a financiar a compra da emenda da reeleição de FHC? Calma, não pirei
- A prova do crime dos tucanos: Capa da Folha de 1997 destaca 'Deputado conta que votou pela reeleição por R$ 200 mil'
- Deputado do PT pesquisa arquivos da Câmara e desmonta argumento de Joaquim Barbosa sobre compra de votos
Ministros do STF, desçam do pedestal e vejam como são feitas eleições no Brasil. Comecem por Diamantino, de Gilmar Mendes
Dizer que dinheiro de um partido para outro é corrupção ou compra de votos é ignorar completamente como são feitas as campanhas políticas no Brasil. Coligações oficiais ou oficiosas incluem trabalho, agenciamento de cabos eleitorais e financiamento direto ou indireto (via seus apoiadores - empresários, empreiteiros, lobistas - oficiais ou oficiosos) às campanhas visando objetivo imediato ou futuro.
Por exemplo, um deputado estadual ajuda campanhas de candidatos a vereador e a prefeito com o objetivo de que eles o apoiem dois anos adiante em sua reeleição a estadual, ou numa possível eleição a federal, governador, senador ou presidente.
Quando um partido se coliga a outro, recebe horário eleitoral do partido e, em troca, oferece material de campanha, verba, prestígio.
É assim que funciona em todo o Brasil, em todas as eleições.
Muitos empresários só fazem doações "por fora", dinheiro geralmente sonegado por eles em alguns dos muitos artifícios legais (às vezes também ilegais) que a legislação brasileira oferece.
Todo mundo sabe disso.
Mas, pelo visto, todo mundo, vírgula, menos os ministros do STF.
Por isso, a sugestão do título desta postagem. Que os ministros desçam do pedestal em que se colocaram e procurem ver como são as eleições, na prática, no Brasil brasileiro e verdadeiro.
Poderiam, como sugeri, começar com a cidade de Diamantino, no Mato Grosso, terra natal de um deles, o ministro Gilmar Mendes.
Lá, não há só caixa 2 e coligações partidárias, mas burlas à legislação, compra de votos e ameaças de morte, todas feitas, segundo acusações e processos na Justiça, pela família do ministro Mendes.
Podem começar por aqui:
Boa leitura. Mandem também passar um pente fino e vejam como Universidade de Direito da família Mendes conseguiu aval do MEC, mesmo com voto contra da OAB. Como também, contrariando a legislação, Gilmar Mendes é nome de rua em Diamantino.
Por exemplo, um deputado estadual ajuda campanhas de candidatos a vereador e a prefeito com o objetivo de que eles o apoiem dois anos adiante em sua reeleição a estadual, ou numa possível eleição a federal, governador, senador ou presidente.
Quando um partido se coliga a outro, recebe horário eleitoral do partido e, em troca, oferece material de campanha, verba, prestígio.
É assim que funciona em todo o Brasil, em todas as eleições.
Muitos empresários só fazem doações "por fora", dinheiro geralmente sonegado por eles em alguns dos muitos artifícios legais (às vezes também ilegais) que a legislação brasileira oferece.
Todo mundo sabe disso.
Mas, pelo visto, todo mundo, vírgula, menos os ministros do STF.
Por isso, a sugestão do título desta postagem. Que os ministros desçam do pedestal em que se colocaram e procurem ver como são as eleições, na prática, no Brasil brasileiro e verdadeiro.
Poderiam, como sugeri, começar com a cidade de Diamantino, no Mato Grosso, terra natal de um deles, o ministro Gilmar Mendes.
Lá, não há só caixa 2 e coligações partidárias, mas burlas à legislação, compra de votos e ameaças de morte, todas feitas, segundo acusações e processos na Justiça, pela família do ministro Mendes.
Podem começar por aqui:
- Gilmar Mendes, o que tem a dizer sobre o prefeito eleito de sua cidade natal, que afirma que seu irmão o ameaçou de morte?
- Prefeito rival da família de Gilmar Mendes é cassado em Diamantino
- Irmão de Gilmar Mendes é condenado a devolver dinheiro aos cofres públicos. Será que poder de Gilmar subiu no telhado?
Boa leitura. Mandem também passar um pente fino e vejam como Universidade de Direito da família Mendes conseguiu aval do MEC, mesmo com voto contra da OAB. Como também, contrariando a legislação, Gilmar Mendes é nome de rua em Diamantino.
E não é que o mensalão do PT ajudou a financiar a compra da emenda da reeleição de FHC? Calma, não pirei
Recebi comentário em uma das postagens do blog que me levou à seguinte notícia: Segundo denúncia do Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel, dinheiro do tal mensalão do PT foi usado para pagar advogados do então deputado Ronivon Santiago, do PP acreano.
Ronivon é aquele que é destaque nesta postagem A prova do crime dos tucanos: Capa da Folha de 1997 destaca 'Deputado conta que votou pela reeleição por R$ 200 mil'.
Ou seja, o homem que confessou ter recebido R$ 200 mil para votar em favor da emenda da reeleição de FHC foi processado e teria usado dinheiro do mensalão (do PT, adversário e prejudicado pela manobra tucana) para se defender na Justiça.
Em resumo, a emenda da reeleição foi comprada, um dos vendidos foi denunciado e processado e o PT pagou a defesa dele - e por isso, também, está sendo agora condenado.
Enquanto isso, os verdadeiros e primeiros criminosos, os tucanos da compra da emenda da reeleição e do mensalão tucano, só não vão bem, obrigado, porque estão sendo surrados nas urnas. Mas as contas bancárias estão gordas, as gerações seguintes com o boi na sombra e vida que segue...
Não é por outro motivo que, enquanto a mídia corporativa alardeia que o PT é responsável pelo "maior escândalo de corrupção" da história do Brasil, o povo vai lá e vota no PT, porque sabe que os governos do PT - Lula e Dilma - colocaram o povo mais humilde como foco das ações do governo. E isso, para usar expressão de propaganda de um cartão de crédito, não tem preço.
Ronivon é aquele que é destaque nesta postagem A prova do crime dos tucanos: Capa da Folha de 1997 destaca 'Deputado conta que votou pela reeleição por R$ 200 mil'.
Ou seja, o homem que confessou ter recebido R$ 200 mil para votar em favor da emenda da reeleição de FHC foi processado e teria usado dinheiro do mensalão (do PT, adversário e prejudicado pela manobra tucana) para se defender na Justiça.
Em resumo, a emenda da reeleição foi comprada, um dos vendidos foi denunciado e processado e o PT pagou a defesa dele - e por isso, também, está sendo agora condenado.
Enquanto isso, os verdadeiros e primeiros criminosos, os tucanos da compra da emenda da reeleição e do mensalão tucano, só não vão bem, obrigado, porque estão sendo surrados nas urnas. Mas as contas bancárias estão gordas, as gerações seguintes com o boi na sombra e vida que segue...
Não é por outro motivo que, enquanto a mídia corporativa alardeia que o PT é responsável pelo "maior escândalo de corrupção" da história do Brasil, o povo vai lá e vota no PT, porque sabe que os governos do PT - Lula e Dilma - colocaram o povo mais humilde como foco das ações do governo. E isso, para usar expressão de propaganda de um cartão de crédito, não tem preço.
A prova do crime dos tucanos: Capa da Folha de 1997 destaca 'Deputado conta que votou pela reeleição por R$ 200 mil'
Taí a prova do crime, a capa da Folha do dia 13 de maio de 1997, com a manchete destacando a compra de votos para a emenda da reeleição de Fernando Henrique Cardoso, crime até hoje impune.
Assim como até hoje continuam impunes outros crimes cometidos durante o governo FHC-Serra, como os do Banestado, os escândalos das Sanguessugas, a Operação Vampiro, as ambulâncias superfaturadas, a escandalosa venda (melhor, doação) das empresas públicas, especialmente a Vale do Rio Doce, a Lista de Furnas, o mensalão tucano em Minas, que irrigou a campanha de FHC.
PSDB, o partido com o maior número de fichas-sujas, nunca sentou no banco dos réus por nenhum desses crimes, enquanto a mídia corporativa se delicia com o julgamento e a condenação de deputados da base aliada do governo Lula, mas especialmente de petistas.
Sobre a compra de votos de deputados a favor da emenda da reeleição escrevi aqui:
Nem a ditadura militar ousou dar o golpe constitucional do tucano FHC, que comprou a emenda de sua reeleição
A ditadura civil-militar governou nosso país de 1964 a 1985. Foram 21 anos de golpe, tortura, violência, censura, prisões arbitrárias, exílio, assassinatos. Judiciário, Legislativo, imprensa, movimentos sindicais, estudantis, tudo censurado, reprimido.
Mas uma coisa os militares não ousaram, rasgar a Constituição e impor a reeleição. Havia eleições, indiretas, impostas, mas saía um ditador, entrava outro.
Somente com o Príncipe dos Sociólogos, o ídolo dos ídolos de nossa mídia corporativa, o homem que vendeu o Brasil e não recebeu, Fernando Henrique Cardoso, é que o Brasil rasgou a Constituição e, através de uma emenda comprada, com dinheiro vivo, de corrupção, a reeleição passou a valer no Brasil, e já para Fernando Henrique.
Como disse, nem os militares, que torturaram, exilaram, assassinaram, ousaram tanto.
No Norte, nos estados do Amazonas, Acre, Roraima, deputados foram comprados por R$ 200 mil cada, segundo reportagem publicada pela Folha. Fernando Rodrigues teve acesso às gravações que mostraram todo o esquema.
Se foi assim no Norte, quanto não foi negociado no restante do país?
Confira aqui a reportagem de maio de 1997 de Fernando Rodrigues: Deputado diz que vendeu seu voto a favor da reeleição por R$ 200 mil.
A seguir, trecho incial da reportagem:
O deputado Ronivon Santiago (PFL-AC) vendeu o seu voto a favor da emenda da reeleição por R$ 200 mil, segundo relatou a um amigo. A conversa foi gravada e a Folha teve acesso à fita.
Ronivon afirma que recebeu R$ 100 mil em dinheiro. O restante, outros R$ 100 mil, seriam pagos por uma empreiteira -a CM, que tinha pagamentos para receber do governo do Acre.
Os compradores do voto de Ronivon, segundo ele próprio, foram dois governadores: Orleir Cameli (sem partido), do Acre, e Amazonino Mendes (PFL), do Amazonas.
Todas essas informações constam de gravações de conversas entre o deputado Ronivon Santiago e uma pessoa que mantém contatos regulares com ele. As fitas originais estão em poder da Folha.
O interlocutor do deputado não quer que o seu nome seja revelado. Essas conversas gravadas com Ronivon aconteceram ao longo dos últimos meses, em diversas oportunidades.
Esse sim é o maior escândalo de corrupção de nosso país.
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