Colaborando com a justiça

Segundo notícia, a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) pretende abolir a linguagem empolada dos processos judiciais. Para isso, "designou um comitê para promover a reeducação lingüística dos advogados, juízes e membros do Ministério Público. A intenção é banir das decisões e dos julgamentos do Judiciário o costume de se escrever na ordem indireta, com palavras em desuso".

Pelo visto, para a AMB o problema da justiça no Brasil está na forma como as sentenças são escritas e não nas sentenças em si. Atacam o formalismo excessivo pelo viés do formalismo.

Mutatis mutanti, ipso facto, data vênia, modus in rebus (no vosso, não no meu), vão aqui umas sugestões de minha caput (ou melhor, cabeça) para que as sentenças sejam feitas na linguagem adequada ao acusado:

Para o Elias Maluco: - Aí, perdeu, mermão. Você passou o cerol no Tim e agora vou te esculachar. Vai pegar três pernas de cadeia.
Para Paulo Maluf: - Vossa Excelência foi eleito para cumprir um mandato popular de oito anos em cadeia nacional, com direito a prorrogação de mandato se não devolver os jetons que depositou no exterior.
Para o Eurico Miranda – Meeeennnnnnnngoooooo!