A Dúvida

Enquanto, no mundo todo, mais de um bilhão de pessoas acompanhavam a despedida do papa João Paulo II, em Brasília um grupo de abnegados realizou mais uma convenção nacional do PP.
O porquê de eles não terem adiado a convenção é motivo de controvérsia: uns dizem que a eleição de Severino para a presidência da Câmara subiu à cabeça do partido; outros dizem que o objetivo era esse mesmo, fazer um encontro quase que clandestino.
Na convenção, foi lançado o nome do presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de 2006.
O ex-prefeito de São Paulo e ex-presidente do PP Paulo Maluf, que até a eleição de Severino era o nome com maior visibilidade do partido, também defendeu candidatura própria à presidência da República no ano que vem.
- "Só perde uma eleição, quem não disputa. Quem disputa sempre ganha", disse Maluf, um especialista em perder eleições e ganhar com isso. Prova disso são os mais de 500 milhões de dólares descobertos em nome dele e da família no exterior.
O que falta saber agora é se até o ano que vem o apoio do Maluf a Severino será um apoio de peso ou um “apoio de preso”.
Aliás, será que não é exatamente esse o verdadeiro objetivo do lançamento da candidatura?