O Banco do Brasil diz que vai recorrer da sentença do juiz Cloves Barbosa de Siqueira, que condenou a sete anos de cadeia e mais uma multa a diretoria do Banco do Brasil do primeiro mandato de Fernando Henrique Cardoso. Entre os condenados está Ricardo Sérgio de Oliveira, que trabalhou na arrecadação de fundos de campanhas de José Serra e FHC, e é autor da famosa frase - "estamos no limite da irresponsabilidade.”
Os advogados do BB alegam que não se trata de gestão temerária, como afirma o juiz, pois "o termo não se aplica a atos isolados de uma administração, e sim a todo um conjunto de irregularidades cometidas ao longo de um determinado período de tempo."
Será que não houve gestão temerária?
Em sua sentença, o juiz diz que "mesmo cientes da precária situação financeira da Encol, ampliaram os limites de crédito da citada empresa, ao mesmo tempo em que autorizaram a liberação de garantias idôneas mediante substituição por outras incapazes de lastrear as operações de crédito concedidas à empresa."
Quanto à gestão temerária, prossegue o juiz, "a gestão temerária importa em atos de administração que coloquem em risco os negócios da instituição. Quer dizer, implica atos decisórios, e estes foram adotados em colegiado."
O juiz ainda cita o caso da liberação da hipoteca de um hotel, como um dos absurdos cometidos pela diretoria: "Não há justificativa plausível para se liberar uma garantia vendida por R$ 55 milhões mediante o recebimento de apenas R$ 17,3 milhões com a colocação do saldo remanescente [R$ 37,7 milhões] à disposição da própria devedora."
Todos sabemos que muitos advogados e economistas dão às palavras sentidos opostos aos utilizados por nós, simples mortais. Às vezes dizem inocente um sujeito que para todos nós está na cara que é culpado; ou dizem lucro, quando é óbvio que ali houve prejuízo. Mas se isto, que foi citado na sentença do juiz, não é gestão temerária, das duas uma: ou não sabem o que significa gestão, ou o que significa temerária.
Como o Blog do Mello também é cultura, aqui vão as definições do Houaiss:
gestão - ato ou efeito de gerir; administração, gerência;
temerária - que contém certo risco; arriscada, perigosa.
Os advogados do BB alegam que não se trata de gestão temerária, como afirma o juiz, pois "o termo não se aplica a atos isolados de uma administração, e sim a todo um conjunto de irregularidades cometidas ao longo de um determinado período de tempo."
Será que não houve gestão temerária?
Em sua sentença, o juiz diz que "mesmo cientes da precária situação financeira da Encol, ampliaram os limites de crédito da citada empresa, ao mesmo tempo em que autorizaram a liberação de garantias idôneas mediante substituição por outras incapazes de lastrear as operações de crédito concedidas à empresa."
Quanto à gestão temerária, prossegue o juiz, "a gestão temerária importa em atos de administração que coloquem em risco os negócios da instituição. Quer dizer, implica atos decisórios, e estes foram adotados em colegiado."
O juiz ainda cita o caso da liberação da hipoteca de um hotel, como um dos absurdos cometidos pela diretoria: "Não há justificativa plausível para se liberar uma garantia vendida por R$ 55 milhões mediante o recebimento de apenas R$ 17,3 milhões com a colocação do saldo remanescente [R$ 37,7 milhões] à disposição da própria devedora."
Todos sabemos que muitos advogados e economistas dão às palavras sentidos opostos aos utilizados por nós, simples mortais. Às vezes dizem inocente um sujeito que para todos nós está na cara que é culpado; ou dizem lucro, quando é óbvio que ali houve prejuízo. Mas se isto, que foi citado na sentença do juiz, não é gestão temerária, das duas uma: ou não sabem o que significa gestão, ou o que significa temerária.
Como o Blog do Mello também é cultura, aqui vão as definições do Houaiss:
gestão - ato ou efeito de gerir; administração, gerência;
temerária - que contém certo risco; arriscada, perigosa.