Oposição Macunaíma cria fantasma

fantasmaCom os últimos números da nova pesquisa CNT/Sensus está um verdadeiro barata-voa na Oposição Macunaíma ("Ai, que preguiça!"). Em dezembro, eles acharam que a eleição estava ganha, que Lula era cachorro morto que não se devia chutar mais, e foram para casa descansar e curtir as férias – remuneradas pela autoconvocação extraordinária.
Agora, com os últimos números do Datafolha, e especialmente com estes da pesquisa CNT/Sensus, eles estão percebendo a dimensão do erro que cometeram.
Mas, como na Antiguidade, em vez de encararem a realidade preferem matar o mensageiro. Estão levantando suspeitas sobre a pesquisa, especialmente sobre o índice de rejeição de Lula, Serra e Alckmin: 35,8%, 41,7% e 39,9%, respectivamente. Fazem comparações com os mesmos índices da pesquisa Ibope de janeiro: Lula, 30%, Serra, 7% e Alckmin, 7%.
Apostam que as pessoas não terão a curiosidade de ler a pesquisa CNT/Sensus para entender o motivo de números tão discrepantes entre os institutos.
Se consultassem a pesquisa, iriam entender que os números não são tão discrepantes assim. A mesma pesquisa com a mesma metodologia, feita em setembro, apresenta os seguintes resultados: Lula, 39,3% , Serra, 38,7% e Alckmin, 40,7%. Muito semelhantes aos de agora.
E por que os números são tão diferentes entre os institutos? Porque nas pesquisas Ibope e Datafolha a pergunta feita é Em qual desses candidatos o senhor não votaria. A pessoa escolhe um nome e abandona os outros.
Na CNT/Sensus, a pergunta é a seguinte:
Da seguinte lista de possíveis Candidatos, em quem o Sr(a) votaria ou não votaria para Presidente da República se as Eleições fossem hoje:
1. Único que votaria
2. Poderia votar
3. Não votaria
4. Não conhece
Ou seja, a pessoa dá sua opinião sobre cada candidato, se votaria nele, se poderia votar, se não votaria, se não o conhece. O que é coisa bem diferente. Daí a aparente discrepância dos números.
A verdade é que a oposição criou um fantasma e agora está com medo dele.

(Quem tiver curiosidade, é só baixar a íntegra da pesquisa aqui.)