Procurador: de herói a vilão

procurador-geralO procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, pode passar de herói a vilão em muito pouco tempo.

Após seu bombástico relatório, ele foi saudado pela oposição a Lula como o novo herói do país, em seguida ao super-herói ético, o caseiro Francenildo - aquele que extorquiu dinheiro do suposto pai mediante chantagem. O relatório praticamente não apresentava novidade alguma em relação ao da CPI, nenhuma investigação nova, nem conseguiu escapar da fulminante definição da revista britânica The Economist, que disse que a tese do mensalão é formada por "ilhas de fatos cercadas por um mar de suposições". Mas o procurador-geral usou palavras fortes, chamou de quadrilha a antiga cúpula do PT, e isto deixou a oposição em festa.

Mas a alegria pode durar pouco. Não é só por falta de profundidade e de provas que o relatório peca. Nele também não constam os nomes de três supostos "mensaleiros" que ainda irão a julgamento: José Mentor (PT-SP), Josias Gomes (PT-BA) e Vadão Gomes (PP-SP). E o boato que corre é que exatamente esta omissão no relatório do procurador vai ser o mote para a absolvição dos três.

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