Greve de fome alimenta Garotinho

Embora contra a opinião geral da mídia, este blog continua a afirmar que Garotinho será o candidato do PMDB na corrida presidencial.

A greve de fome do ex-governador do Rio, que para muitos foi a pá de cal em sua candidatura, rema agora a favor de Garotinho. Quem antes pensava que se tratava apenas de uma brincadeira, uma “molecagem” de um Garotinho, começa a pensar que ele talvez estivesse realmente falando sério. Afinal, ninguém fica mais de uma semana em jejum por brincadeira. O tempo, agora, age a favor dele.

É verdade que o PMDB – especialmente o governista – caiu de pau no Garotinho. Novidade seria se fosse o contrário. Mas, como prova de que o tempo é um vento que sopra a favor de Garotinho, setores da chamada inteligentsia, se não o defendem – não chegariam a tanto – ao menos começam a criticar a hipocrisia dos peemedebistas que o atacam e ao mesmo tempo convivem com um Jader Barbalho. Um exemplo disto é a coluna de Zuenir Ventura, em O Globo, no sábado.

Além disso, Garotinho se defendeu das acusações – até certo ponto. Mas do ponto em que ele não se defendeu em diante, tudo vai ficar para o Ministério Público investigar, ou o Tribunal de Contas – naqueles famosos processos que a gente sempre sabe quando começa mas nunca tem notícia do término.

Como se não bastasse, interessa ao PSDB e aos demais adversário de Lula que o PMDB tenha um candidato, pois assim aumentam as possibilidades de um segundo turno.

E, por fim - e aqui está o grande complicador para os peemedebistas defensores da não candidatura -, a Corte Especial do STJ (Superior Tribunal de Justiça) reconheceu a validade da convenção de dezembro de 2004 do PMDB. Essa convenção determinou que o partido terá candidato próprio à Presidência na eleição de 2006. Para barrar isso, só com o voto de 2/3 dos convencionais. O que não é nada fácil.

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