Partidos assumem Caixa Dois

A previsão de gastos para as campanhas presidenciais deste ano deixou cair a máscara dos que se fingiam puros, em relação ao caixa dois.

Apenas para ficar nos dois candidatos que estão em destaque na disputa, os números são assustadores.

Em 2002, a campanha de Lula fez uma previsão de R$ 48 mi e declarou, ao final, gastos de R$ 39 mi. Em 2006, a previsão saltou para R$ 89 mi!

A campanha do PSDB de Alckmin, em 2002, fez uma previsão de R$ 60 mi e declarou, ao final, pouco menos que R$ 35 mi. Para 2006, salta para R$ 85 mi (estimativa que só foi feita após a informação dos números de Lula)!

A diferença se explica pelo uso descarado do caixa dois nas campanhas anteriores. Agora os números têm que ser mais próximos da realidade.

A crise do mensalão teve esse efeito colateral desejável. Os espertinhos agora vão tomar mais cuidados. E alguns brasileiros se acham muito espertinhos. Cito dois exemplos:

1) Um certo campeoníssimo brasileiro (não vou citar de que esporte, porque, se o fizer, mato a charada, e o importante aqui não é pegar uma Geni, mas criticar um comportamento) sofreu um acidente e ficou com um pé de tamanho diferente do outro. Milionário, em vez de mandar fazer seus calçados sob medida, o espertinho ia às lojas e pedia dois pares de um mesmo modelo, mas com números diferentes, alegando que pretendia experimentar para ver o que lhe ficaria melhor. O vendedor se distraía, e ele desmembrava os pares. Ele confessou o golpe numa entrevista morrendo de rir, vangloriando-se...

2) Numa loja compramos um produto. Se vamos pagar com cheque, nos pedem mil documentos. Após o Ok, nos entregam o produto e nos desejam bom dia, boa tarde/noite. E a nota? "Ah, o senhor quer a nota?"...

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