Hoje a vida dos parlamentares pilantras está mais difícil. Quem não quiser votar neles tem uma ampla gama de opções de informação na internet (aqui mesmo no blog, basta clicar no banner acima). Mesmo assim, eles podem se eleger. Porque deputados são eleitos por eleições proporcionais, diferentemente dos senadores, prefeitos, governadores e presidentes da República, que são escolhidos pelo voto majoritário - o que quer dizer que quem tiver mais votos, leva.
Para ser mais claro: há pouco, tivemos o deputado Vanderlei Assis, do Prona, de São Paulo, envolvido no esquema dos sanguessugas. Ele foi eleito com apenas 275 votos (não há erro não, são apenas duzentos e setenta e cinco mesmo!). Por que isso? Porque o Enééééééééias teve um caminhão (mais de um milhão e meio) de votos e, proporcionalmente, elegeu um monte de deputados quase sem votos. (Só para constar: Vanderlei de Assis tenta a reeleição, agora pelo Rio de Janeiro).
Isso se explica pelo quociente eleitoral. Esse quociente é que determina os deputados que serão eleitos, e ele é calculado da seguinte maneira: divide-se o número total de votos válidos pelo número de cadeiras em disputa. O resultado é o quociente eleitoral. Apenas os partidos e coligações que conseguirem atingir ou ultrapassar o quociente eleitoral é que elegem deputados.
A partir daí, entra em cena o quociente partidário, que "define o número inicial de vagas que caberá a cada partido ou coligação que tenham alcançado o quociente eleitoral".
Aí é que mora o perigo. A eleição dos deputados, sendo proporcional, não garante a você que seu voto não elegerá um sanguessuga. E isto não está sendo informado em lugar algum (corrijam-me, se eu estiver errado). Portanto, a única maneira de você ter certeza de que não elegerá um sanguessuga (ou outro malandro qualquer) é negando o voto não somente a ele mas também ao partido ou à coligação a que ele pertença no seu estado.
Passe esta informação adiante. Se ela se transformar numa onda, pode ter certeza de que os partidos e as coligações farão uma reavaliação dessas candidaturas.
Para informações mais detalhadas sobre quociente eleitoral e partidário, clique aqui neste link que o levará ao site do TSE.
Se esta é sua primeira vez neste blog, clique aqui
Clique aqui e adicione este blog aos seus Favoritos
Muito bem lembrado. O PT vai levar gente como Genoíno e Mentor nesta onda.
ResponderExcluirTodos os partidos têm seus "esqueletos", não adianta querer partidarizar. Mas esse artigo está muito bom, Mello, porque eu mesmo não tinha me dado conta da importância de não votar em que dá cobertura a toda essa nojeira. É a minha primeira visita ao seu blog e você está de parabéns.
ResponderExcluirO problema é que do jeito que vai a gente num vai ter em quem votar...
ResponderExcluirA verdade é que grande parte das sanguesugas é boa de voto. Os mensaleiros do PT também, Genóino, Paloci, Mentor. Por que os partidos iam abrir mão deles? Nosso país é do salve-se quem puder, farinha pouca meu prirão primeiro, gosta de levar vantagem em tudo, certo?
ResponderExcluirBom dia, Mello!
ResponderExcluirA IstoEra desta semana trará uma bomba para o PSDB de Minas Gerais. Dirá que o presidente do PSDB mineiro, deputado estadual Nárcio Rodrigues, está envolvido diretamente com o esquema dos sanguessugas, mas com outra empresa como co-autora: a Martier, de Curitiba.
Vale a pena um despacho sobre o tema.
Abs.
Não vote em mensaleiro é uma campanha do jornalista Cláudio Abramo, responsável pela Transparência Brasil.
ResponderExcluirO PT está querendo acabar com as verdades ditas pela campanha.
Você é a favor Também????
Transpaqrência Brasil é aquela ONG que se refestelou, sempre calada, sob o governo FHC? Ah, entendi...
ResponderExcluir