'Elite branca' volta atrás e exclui Edemar Cid Ferreira

Ontem publiquei aqui trecho de um artigo do jornalista Almyr Gajardoni, com um link para o artigo completo, no Blog do Noblat. Nele, o jornalista criticava a "elite branca" que havia reconduzido ao Conselho Deliberativo da Fundação Bienal de São Paulo o ex-banqueiro e agora presidiário Edemar Cid Ferreira, dono do falecido Banco Santos. O ex-banqueiro goza dessa hospedagem obrigatória na Penitenciária de Tremembé, paga por nós contribuintes, acusado de atos ilícitos na administração de seu banco e do desaparecimento de várias obras de arte que estariam em seu poder.

Alguns comentaristas - na própria postagem e via e-mail - disseram que a informação divulgada pelo Almyr Gajardoni era falsa. Mas, para usar uma imagem paulistana, ela é meio calabresa, meio mussarela. Explico-me: realmente, conforme afirmou o jornalista, Edemar Cid Ferreira foi confirmado no Conselho, com uma votação esmagadora, em junho passado. Mas a grita foi geral. Especialmente da classe artística. O artista plástico Cildo Meireles, por exemplo, decidiu não participar da 27.ª Bienal de São Paulo, que começa em outubro.

Por causa dessa recepção negativa, o Conselho reuniu-se novamente na terça-feira passada, dia 25 de julho, e excluiu de sua composição o ex-banqueiro e ex-mecenas. Portanto, a "elite branca" deu motivos (como cantava o Tim Maia), mas tratou de corrigir-se.

Todavia, ao procurar mais informações sobre o hóspede do Tremembé, esbarrei numa notícia que sumiu da mídia: o ex-presidente Sarney teria sacado todo o dinheiro que tinha no Banco Santos, um dia antes da intervenção do Banco Central. Isso vale uma outra postagem.

( Não deixe de clicar no banner acima, para acessar uma série de listas com os nomes de parlamentares, prefeitos, governadores e outros gestores públicos envolvidos em escândalos ou mau uso do dinheiro público. As listas são atualizadas quase que diariamente. Última atualização: 30/07.)
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