A oposição deve ou não bater em Lula?

Tem muita gente defendendo que a única maneira de Alckmin reagir a Lula é descendo o cacete nele. O senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), o ACM, é o mais radical. Ele diz: “Ou bate [em Lula] ou tira logo esse programa do ar”.

Outro dia, vimos o programa tucano ensaiar um ataque. Só que a campanha de Alckmin, quando bateu, bateu errado. Botou um trabalhador de macacão dizendo que Lula não fez nada pelos pobres... Mas, logo pelos pobres? E o Bolsa Família, o aumento do mínimo, o Luz para Todos etc? Bola foríssima.

Mas, vamos supor que um ataque constante, feito por um homem experiente... Por exemplo, o próprio ACM. Ele vive descendo o cacete em Lula e no PT. Já chamou o presidente de ladrão, disse que este é o governo mais corrupto da história. E o senador, sabe-se, manda e desmanda na Bahia, tanto que seu candidato lidera as pesquisas.

Mas, olhem a tabela abaixo, e vejam o resultado dos ataques de ACM a Lula, a partir de pesquisas do Ibope nos meses de julho e agosto, na Bahia.

pesquisa Bahia

Como se percebe, Lula subiu e Alckmin caiu. E, o pior para ACM: seu candidato, o governador Paulo Souto, caiu sete pontos no período (curiosamente, o mesmo número de pontos que Lula subiu...). Resultado: ninguém na Bahia fala mal de Lula.

Isto significa que nada pega no Lula? Não. O que acho que não pega são as acusações de corrupção. A pesquisa Ibope sobre o comportamento do brasileiro diante da corrupção (que comentei aqui) mostra isso. Para atingir o presidente, a oposição teria que usar o estilo Collor e tentar quebrar a identificação de Lula com o povão. Mas, a que preço?

(Atenção: se você não quer eleger um corrupto, clique aqui, e não deixe de ler esta postagem.)

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