Folha: Planilhas denunciam R$ 18 milhões no caixa dois de campanhas de FHC

Na Folha hoje:
A SMPB, agência publicitária da qual Marcos Valério Fernandes de Souza era sócio, doou R$ 50 mil à campanha de Fernando Henrique Cardoso à reeleição em 1998. Esse dinheiro não foi declarado na prestação de contas do candidato à Justiça.
A revelação foi feita pela Folha em 12 de novembro de 2000, em reportagem que mostrou que o comitê eleitoral de FHC recebeu doações de R$ 53,120 milhões, mas só declarou R$ 43 milhões ao Tribunal Superior Eleitoral. Não foram contabilizados R$ 10,120 milhões. Os números constavam duma planilha eletrônica do comitê tucano da qual constavam 34 registros de doações que não foram declaradas ao TSE. Entre elas estava a doação feita pela SMPB.
No dia 19 de novembro de 2000, a Folha revelou que a campanha de FHC já tinha usado caixa dois também na eleição de 1994. Outra planilha eletrônica mostrava que pelo menos R$ 8 milhões deixaram de ser declarados ao TSE na ocasião. O ex-banqueiro José Eduardo Andrade Vieira, em depoimento ao Ministério Público, confirmou a irregularidade: "Quando o empresário ou colaborador não deseja aparecer, para permanecer no anonimato, contribui com recursos financeiros em espécie para a campanha eleitoral". Segundo ele, "Fernando Henrique Cardoso acompanhava pessoalmente o volume de recursos financeiros arrecadados na campanha de 1994".
Questionado, FHC disse que não sabia de nada sobre o caixa dois nas suas campanhas: "Isso eu não vi". O Planalto conseguiu impedir a instalação de uma CPI. Na época, o próprio líder do governo no Congresso, deputado Arthur Virgílio (PSDB-AM), confessou ter usado caixa dois em 1986: "As empresas pediram para não declarar porque temiam retaliações do governador".

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