. O dossiê Serra
Em 15 de setembro, dois petistas foram presos num hotel em São Paulo com R$ 1,7 milhão, em reais e dólares. Segundo informaram à Polícia federal, o dinheiro seria para comprar um dossiê com provas do envolvimento de José Serra na Máfia das Sanguessugas. A investigação sobre o nebuloso caso está em andamento.
. Freud Godoy
Logo após sua prisão, Gedimar - um dos petistas presos - declarou em seu depoimento que foi contratado por um tal "Froud" ou "Frod"... Imediatamente, Freud Godoy, que trabalha com Lula há anos, apresentou-se a PF espontaneamente, e deu sua versão dos fatos: conhecera Gedimar em eventos relativos à empresa de segurança de sua esposa, não sabia por que teve seu nome citado por ele, não tinha nada a ver com o caso. Foi feita uma acareação entre os dois. Freud confirmou seu depoimento anterior. Gedimar ficou calado. Mas o advogado de Gedimar reclamou que seu cliente fora hostilizado na PF no dia da prisão, e que o depoimento dele não seria exatamente aquele. Mas nada disso foi levado em conta. Boa parte da imprensa passou a ligar o escândalo do dossiê ao presidente Lula por isso.
. Gaspari informa que Lula ameaçou fechar Congresso
Em sua coluna do dia 17 de setembro, o jornalista Elio Gaspari informou que, num jantar com empresários, o presidente Lula teria dito: "Staub, não acorde o demônio que tem em mim, porque a vontade que dá é de fechar esse Congresso e fazer o que é preciso". Nota da assessoria de imprensa do presidente negou a declaração. O empresário citado por Gaspari afirmou que não falava com o jornalista há muito tempo. Nenhum empresário presente confirmou a tal declaração.
. Os grampos no TSE
Em seguida vieram os grampos. O presidente do TSE, ministro Marco Aurélio de Mello, denunciou à imprensa que foram descobertos grampos em seu telefone e nos de mais dois ministros. Disse, em tese, que se fosse uma ação do governo seria fato gravíssimo. A suspeição contra mais uma manobra da "central de inteligência" da campanha de Lula ficou no ar. No entanto, investigação da PF provou que não houve grampo algum, e a Fence, empresa responsável pela varredura, está sendo processada por isso. Uns alegam que a Fence agiu assim para aumentar o contrato e conseguir mais dinheiro. Mas a Fence também esteve ligada a outro episódio nebuloso em período eleitoral: em 2002, foi acusada de ser responsável pelo grampo do caso Lunus, que desestabilizou a candidatura de Roseana Sarney ao Planalto. Por que teria a Fence criado a denúncia dos grampos, exatamente na reta final da campanha, em perfeita sintonia com o dossiê Serra?
. Investigação seletiva
Enquanto lançava todos os holofotes sobre a investigação da compra do dossiê, os dados do dossiê em si foram relegados a um segundo plano, como os comprovantes de que 70% dos contratos da Planan foram assinados na administração Serra-Negri, e das ligações mais que comprometedoras de Negri com o empresário Abel Pereira.
. O procurador "trapalhão"
O procurador de Mato Grosso Mário Avelar pediu a prisão dos petistas envolvidos no dossiê, mesmo sabendo que o juiz titular do caso não a autorizara e que a prisão não poderia ser efetuada, por causa da lei eleitoral. Pior: a princípio Avelar mentiu, dizendo que não fora o autor do pedido. Só depois, pressionado pelos fatos, confessou. A coluna de Elio Gaspari hoje, mostra que essa é apenas mais uma das trapalhadas de um procurador que adora câmeras e microfones (leia aqui "O procurador avançou o sinal contra o PT").
. A ausência no debate
Ir ou não ao debate era uma prerrogativa do presidente. Mas deixar toda a imprensa na expectativa, que logo se propagou entre os eleitores, para somente em cima da hora anunciar o não comparecimento, foi um tiro no pé. Mostrou indecisão, vacilação, que logo se transformaram em "fraqueza" e "fuga", na boca dos adversários.
. As fotos do dinheiro
A dois dias das eleições surgiram, finalmente, as fotos que eram o objeto do desejo da oposição: a montanha de dinheiro do dossiê Serra em várias tomadas. Embora sua exibição estivesse proibida, já que o processo corria em segredo de justiça. Em 24 horas o responsável foi identificado: o mesmo delegado da PF que efetuara a prisão dos petistas no hotel. Em conversa com os jornalistas, quando entregou as fotos, ele afirmou que era uma material para "foder o Lula e o PT".
Jornalistas ouvidos pela Carta Maior neste sábado informaram que três jornais, uma emissora de rádio e a TV Globo possuem a gravação da fala do delegado Edmílson Pereira Bruno no momento em que ele entregou aos repórteres o CD com as fotos do dinheiro apreendido pela Polícia Federal. Na fita, o delegado diz "tá aqui. Agora vamos f... o governo e o PT" e informa à imprensa que, dali, iria forjar um boletim de ocorrência para justificar o suposto "desaparecimento" do CD com as imagens.(Clique para ler mais)
. A "imparcialidade" da mídia
Junte-se a esses fatos todos a "imparcialidade" da cobertura realizada pela mídia, que pode ser vista aqui, com a comparação do Observatório Brasileiro de Mídia. A esse respeito, vale a pena ler também a reportagem de Bia Barbosa, com depoimentos de jornalistas contando os bastidores da cobertura pela mídia.
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Antônio,
ResponderExcluirO Lula usou a máquina pública como nunca.
Os jornalistas são PTistas na sua maioria, mas a arrogância do Lula e o seu distanciamento da mídia ( nunca dá entevista) prporciona uma antipatia natural ao candidato.
~Particularmente acho que Lula pagou pelos seus atos inconsequentes, pelo seu despreparo, e pela sua omissâo.
No fundo no fundo deu até sorte pela a mídia não ter explorado o caso Celso Daniel
Aos que escrevem pra cá dizendo que o TSE indeferiu o pedido do PT para quebrar a publicação das fotos porque elas não estavam sob sigilo, afirmo: vocês estão desinformados. O TSE liberou as fotos, mas o delegado vai ter que responder pela quebra do sigilo que praticou.
ResponderExcluirEm declaração publicada hoje no jornal O Globo, página 11, o presidente do TSE, ministro Marco Aurélio de Mello, afirma que "o sigilo diz respeito àqueles que devem respeitá-lo [caso do delegado da PF, afirmo eu]. Uma vez quebrado, chegando os fatos ao conhecimento dos veículos de comunicação, incumbe a esses veículos estampar esses mesmos fatos, sem que se possa cogitar a eles a transgressão à ordem legal"
MELLO LEIA ESSA:
ResponderExcluir"Na bandidagem, bronca, é argumento de otário".
Luiz Weiz, observatório da impressa.
Eu assino em baixo.
De certo que, tiro o chapéu pra você, que se diferencia do PTRALHISMO por tentar um ataque ao PSDBISMO atraves de fatos e argumentos, as vezes quimericos, outrora estupidos.
Mas o mundo seria um saco se não houvesse um saco de pancadas como o lulo-petismo.
01 de outubro de 2006 - 12:21
ResponderExcluirSeguranças de Serra e Alckmin agridem jornalistas
Chegada dos candidatos do PSDB José Serra e Geraldo Alckmin ficou marcada pela truculência de seguranças com a imprensa
Francisco Carlos de Assis e Elizabeth Lopes
SÃO PAULO - Tumulto e desorganização marcaram a votação no Colégio Santa Cruz, no Alto de Pinheiros, causados pelo despreparo dos seguranças do PSDB.
Eles agrediram os fotógrafos e cinegrafistas, que também provocaram tumulto na chegada, no desejo de conseguir imagens e fotos da chegada dos candidatos do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, e ao governo de São Paulo, José Serra, e do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, ao local de votação de Serra.
Houve gritaria e desespero entre as pessoas que estavam chegando ou saindo do colégio. Na ocasião, uma senhora foi derrubada.
01 de outubro de 2006 - 12:21
Seguranças de Serra e Alckmin agridem jornalistas
Chegada dos candidatos do PSDB José Serra e Geraldo Alckmin ficou marcada pela truculência de seguranças com a imprensa
Francisco Carlos de Assis e Elizabeth Lopes
SÃO PAULO - Tumulto e desorganização marcaram a votação no Colégio Santa Cruz, no Alto de Pinheiros, causados pelo despreparo dos seguranças do PSDB.
Eles agrediram os fotógrafos e cinegrafistas, que também provocaram tumulto na chegada, no desejo de conseguir imagens e fotos da chegada dos candidatos do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, e ao governo de São Paulo, José Serra, e do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, ao local de votação de Serra.
Houve gritaria e desespero entre as pessoas que estavam chegando ou saindo do colégio. Na ocasião, uma senhora foi derrubada.
http://www.estadao.com.br/ultimas/nacional/eleicoes2006/noticias/2006/out/01/118.htm
Antônio
ResponderExcluirGraças ao governo Lula, grande parte da população brasileira acredita que todos os políticos são iguais. Não penso assim. Nem todas as pessoas se comportam como os demais de sua categoria profissional, social ou o que o valha, como escrevi na última postagem.
Um abraço
Marco Aurélio
Se o governo Lula fosse bom, o PT nâ teri feito os governadores de SP, RJ, MG, PR, etc ..
ResponderExcluirComo consolo deve ganhar do Mão Branca no Piauí ...
Caro Mello,
ResponderExcluiracho que ainda dá. O Estado de São Paulo é o maior e mais atrasado nas apurações. Neste momento, com 33,69 % dos votos apurados a diferença, neste estado, entre Alckimin e Lula está diminuindo, bem como a diferença entre Afif e Suplicy. No âmbito nacional, entre 42,5% e 65,17%, Lula passou de 46,8% para 48,76%. Nesse ritmo, com os 35% dos votos restantes, acho que dá pra passar dos 50%. E isso se reforça pelo fato dos votos conservadores de SP terem sido apurados primeiro.
Vai ser justo, mas vai dar.
Um abraço.
E aih mello, fede mais ou fede menos???
ResponderExcluirCitando o blog do Mello:
ResponderExcluir"Quarta-feira, Setembro 6
Zero: a chance de Alckmin "
IH.. Mellou hein??
E aquela historia de segundo turno em Sao Paulo?? Mellou tambem hein??
Mas tudo bem, dah pra se recuperar no segundo turno... he he
ihh Alexandre, nao deu!
ResponderExcluirO MOLUSCO SE FERROU.
ResponderExcluirvAI ACABAR A MORDOMIA.
CHEGA DE PT, CHEGA DA CORJA DE LADRÕES. CHEGA. CHEGA .CHEGA.
GERALDO JÁ.
Ganhou a petulancia paulista, aqueles se acham mais inteligentes por votarem em Maluf e Clodovil (os mais votados em SP).
ResponderExcluirNordeste, uni-vos, da-lhe Lula, desta vez 100 %.