Continua viva a discussão sobre a participação das Organizações Globo na trama que levou a eleição para o segundo turno. Depois das cartas de Ali Kamel (inclusive a este blog), do deprimente abaixo-assinado de jornalistas - que a direção da emissora aceitou divulgar - agora é uma outra pessoa da Central de Jornalismo que envia carta - curiosamente com trechos inteiros retirados das escritas por Kamel - e ainda, de quebra, com alguns erros de concordância e ortografia.
E por que a discussão ainda continua? Porque as Organizações Globo têm um peso descomunal no Brasil. E é esse peso descomunal que deve ser discutido no Congresso. É necessário que se criem mecanismos regulatórios para garantir a liberdade de expressão. E a liberdade só pode existir se for plural, se não houver uma instância - como as Organizações Globo - com o poder de influenciar mais de 70% da população. Mecanismos que proibissem – como acontece em outros países, inclusive os EUA - a concentração de veículos de comunicação nas mãos de um só grupo, numa mesma cidade ou estado. Aqui no Rio, por exemplo, as OG têm a TV Globo, os jornais mais vendidos - O Globo e Extra -, estações de rádio - Globo, CBN... - além da revista Época, do portal de notícias etc., etc.
Comenta-se que o diretor de Jornalismo da TV Globo, Ali Kamel, estaria estendendo seus tentáculos aos outros braços das Organizações. Mas o foco em Ali Kamel é uma bobagem. Ele é apenas um empregado. O foco é o grupo. Até quando se vai permitir a concentração de poder que as Organizações Globo têm no país? Isso não faz bem para a informação livre, muito menos para a democracia. Ao contrário: não permite uma e ameaça a outra.
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E ainda tem gente Mello que não defende a democratização dos meio de comunicação como quer o governo.
ResponderExcluirBoa.
ResponderExcluirOntem no Observatório da Imprensa o presidente da Radiobrás defendeu mais ou menos a mesma coisa que você... Mas não deu nome aos bois.
Nós estamos assistindo aos últimos suspiros do jornalismo da forma como ele sempre foi praticado, um jornalismo de mão única.
ResponderExcluirA internet e especialmente os blogs estão mudando a forma de ler, ver, fazer e comentar notícias.
Como diz a canção, sei que nada será como antes amanhã.