Na votação da Nova Constituição boliviana, a farsa se repete como farsa

Nas últimas eleições parlamentares na Venezuela, a oposição sem votos tentou uma jogada contra Chávez. Em vez de disputar, fugiu das urnas e simplesmente não indicou candidatos. Resultado: só se elegeram, obviamente, simpatizantes de Chávez e “neutros”.

A partir daí, a mesma oposição que não lançou candidatos passou a dizer que na Venezuela não existe democracia, porque Chávez controla o Poder Legislativo...

Como na América Latina não é a história que se repete como farsa, mas uma farsa que se repete em outra, a oposição sem votos na Bolívia está tentando o mesmo contra Evo Morales.

Como são minoria na Assembléia da Nova Constituição Boliviana, trataram, desde o início, de dificultar as coisas para Evo. A cada dia faziam uma nova exigência para votar a reforma. Evo cedia. Até que finalmente o presidente boliviano percebeu que o objetivo da oposição sem votos não era conseguir colocar suas reivindicações na Nova Constituição, mas simplesmente adiar sua votação para que o prazo final para que ela fosse votada, 14 de dezembro, fosse ultrapassado. Com isso, não haveria reforma alguma.

Evo Morales percebeu que o que tinha a fazer era acelerar a aprovação da Nova Constituição. A oposição sem votos foi às ruas, com manifestações violentas. Restou ao presidente, para garantir a votação, instalar a Assembléia num quartel.

Acuada, a oposição sem votos fez como sua co-irmã na Venezuela, simplesmente não mandou seus representantes para a votação. A Nova Constituição foi aprovada e agora eles dizem que ela não pode ser referendada.

Existe uma forma de conseguirem isso. A Nova Constituição irá a referendo popular. Por que não tentam recusá-la nas urnas?

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