O moralista Peluso, o que não aceita 'pressões da turba', foi quem ensinou ao PMDB como dar posse a Jader Barbalho

Em entrevista ao Estadão, o ministro Cezar Peluso, que se afasta da presidência do STF, atacou colegas e a presidenta Dilma.

Na entrevista, Peluso afirma que o futuro do Supremo é preocupante. "Há uma tendência dentro da corte em se alinhar com opinião pública. Dependendo dos novos componentes", disse.

(...) Na sua gestão, Peluso não conseguiu viabilizar o reajuste dos salários do Judiciário. E afirma que a presidente Dilma Rousseff descumpriu a Constituição ao tirar do orçamento encaminhado pelo STF a previsão de aumento dos salários. "A Presidência descumpriu a Constituição, como também descumpriu decisões do Supremo. Mandei ofícios à presidente Dilma Rousseff citando precedentes, dizendo que o Executivo não poderia mexer na proposta orçamentária do Judiciário, que é um poder independente, quem poderia divergir era o Congresso. Ela simplesmente ignorou", disse.

Peluso também criticou (como sempre o fez) a ministra do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) Eliana Calmon, aquela que falou nos "bandidos de toga".

"Até agora ela não apresentou resultado concreto algum, fez várias denuncias. Ela está se perdendo no contato com a mídia e deixando de lado o foco, a procura de resultados concretos", disse ele.


Mas Peluso - não podemos esquecer - é aquele que liberou o coronel Pantoja, responsável pelo massacre de Carajás, condenado a 228 anos de cadeia por aqueles crimes, para que aguardasse em liberdade até que se esgotassem todos os recursos ou o sargento Garcia prendesse o Zorro - o que acontecesse primeiro.

Também foi responsável pela posse de Jader Barbalho, já que, segundo O Globo, Peluso indicou caminho das pedras ao PMDB para entrar com ação para dar posse a Jader Barbalho.