terça-feira, 16 de julho de 2013

'Nenhuma outra quadrilha lucrou tanto no negócio de assalto a banco como a quadrilha da Rede Globo' - O Pasquim


BANERJ


A edição de 29 de setembro de 1983 do jornal carioca O Pasquim não fez por menos. Chamou o então presidente das Organizações Globo Roberto Marinho de "o maior assaltante de bancos do Brasil".

"Nos dias 28 de fevereiro e 29 de maio de 1980, sem nenhum registro na crônica policial, foram praticados os dois maiores assaltos a banco da história do Brasil. Em duas operações distintas, o grupo do Sr. Roberto Marinho levantou no Banerj, a juros de dois por cento ao mês, a importância de 449 milhões e 500 mil cruzeiros [aproximadamente US$ 613 mil, BdoM]".

Na reportagem, O Pasquim demonstrou que, caso Roberto Marinho sacasse o dinheiro na boca do caixa e fizesse uma aplicação financeira no próprio Banerj receberia US$ 3 milhões, em valores da época.

"Nenhuma outra quadrilha, inclusive movimentos terroristas, lucrou tanto no negócio de assalto a banco como a quadrilha da Rede Globo. Só no Banerj expropriou um bilhão e oitocentos milhões de cruzeiros. Em retribuição, Roberto Marinho levou toda a diretoria do Banerj para trabalhar na Globo: Miguel Coelho Neto Pires Gonçalves, Diretor Superintendente do Banerj virou Superintendente da Rede Globo; Antônio Carlos Yazeji, Paulo Cesar da Silva Cechetti e Pedro Saiter (ex-vice-presidente, ex-diretor, ex-gerente geral, todos do Banerj) foram agraciados com pomposas diretorias na Rede Globo." [Fonte]



5 comentários:

  1. Anônimo18.7.13

    Parabéns e obrigada, excelente informação.
    Emanuele.

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  2. Meu marido foi chamado de Marajá por que ganhava razoavelmente bem, era funcionario do Banerj em SP, Rua Sao Bento. Ele foi demitido, juntamente com 11000 funcionários, depois de o BANERJ ter sido privatizado na aurea época de FHC, o poliglota, o sociologo, o cara que tinha sido formado pela Sorbonne....Ele aprendeu muita coisa interessante, como deixar uma divida para os funcionários e livrar os "amigos" do peito. Uma mão lava a outra!!! À sua menção do BANERJ, veio-me a mente, a informação que meu marido me passou naquela época quando Marcelo Alencar era candidato ao Governo do Rio e procurou os funcionários do Banerj para ganhar os votos dos mesmos na próxima eleição. Ele , visitando o banco no Rio, disse que iria lutar para que o mesmo nao fosse privatizado. Ele ganhou as eleições daquela e´poca e passou a administração para ogoverno federal, e o Banerj foi vendido com moedas podres do governo. O Itau nao desembolsou um tostão sequer e , tão logo tomou posse , demitiu os funcionários , meu marido ainda tinha 4 anos pela frente para se aposentar (seria no ano 2000 ). Nunca mais tivemos a chance. E os verdadeiros que se utilizavam dos cabides de emprego, eram filhos de Maarcello Alencar. Que ganhavam até como se trabalhassem em 3 setores do banco. Mas , na realidade, eles nem sequer compareciam no banco para trabalhar.

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    1. Anônimo22.2.15

      Eu penso que esse caso das privatizações ainda precisa ser revisto, pois os funcionários dos bancos Estaduais eram concursados e como tal tinham estabilidade, também o patrimônio das fundações pertencia a esses mesmos funcionários, os bancos compradores passaram por cima dos direitos adquiridos , e demitiu sem justa causa todos eles.

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    2. O tempo passou, mas estou buscando todos os casos da imensa corrupção da Rede Globo e toda grande mídia e "jogando na cara" de certos Jornalistas, coxinhas e outros canalhas. PRINCIPALMENTE, casos de injustiças como o que a senhora conta. RECORDAR SEMPRE.

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