OPERAÇÃO DA PF NAS EMPRESAS DO FILHO DE LULA VAI SER ANULADA, MAS ESTRAGO JÁ FOI FEITO - ESSE ERA O OBJETIVO




Dia 26 passado, véspera do aniversário de 70 anos do ex-presidente Lula, a Polícia Federal foi a duas empresas de Luís Claudio Lula da Silva, um dos filhos de Lula, com mandado de busca e apreensão, como se fosse parte da Operação Zelotes. Só que...

A Polícia Federal fez um relatório de 164 páginas para justificar a última fase da Operação Zelotes, que incluía o pedido de prisão preventiva de cinco pessoas, a condução à força à delegacia de mais nove além do mandado de busca e apreensão em sete empresas.

Este relatório, que foi encaminhado à Justiça para que a PF fosse autorizada a colocar em prática a operação realizada na última segunda-feira (26), não incluía o nome de Luís Cláudio Lula da Silva nem os de suas empresas, a LFT Marketing Esportivo e a Touchdown Promoção de Eventos Esportivos

Apesar disso, posteriormente ao pedido da PF à Justiça, o procurador Regional da República José Alfredo de Paula e Silva, que não faz parte das investigações, incluiu as empresas do filho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entre as que deveriam sofrer uma ação de busca e apreensão. 

A defesa do filho de Lula Luís Claudio Lula da Silva impetrou um mandado de segurança junto ao TRF (Tribunal Regional Federal) reivindicando a devolução imediata de todos os materiais apreendidos nas empresas do filho de Lula, bem como a anulação de todas as consequências jurídicas da busca e apreensão. A decisão deverá ser publicada nos próximos dias.

Consta no mandado de segurança impetrado pela defesa, a que o UOL Esporte teve acesso: "O MPF apenas considerou 'muito suspeito' os pagamentos feitos em favor da Impetrante LFT, sem apontar qualquer situação concreta, sem descrever qualquer conduta com o mínimo de detalhamento em que ela possa ter participado de um ato criminoso".

De fato, é somente a suspeita do procurador o que levou a juíza federal Célia Bernardes a autorizar a operação de busca e apreensão, como se pode ler em sua decisão favorável à operação policial: "Tem razão o MPF ao afirmar ser 'muito suspeito' uma empresa de marketing esportivo receba valor tão expressivo de uma empresa especializada em manter contatos com a Administração Pública (Marcondes e Mautoni), o que justifica a execução de busca e apreensão na sede da empresa".

Agora, cabe ao Tribunal Regional Federal do DF decidir se a ação nas empresas do filho de Lula foram ou não realizadas respeitando a legislação brasileira. [Fonte: UOL].

Resumindo a farsa montada: A PF investigou a Operação Zelotes e produziu um relatório de 164 páginas para as ações da mais recente fase da Operação Zelotes (aquela com suspeita de corrupção e fraude no imposto de renda de empresas, que pode chegar a R$ 19 bilhões) e não cita uma única vez o filho do presidente nem suas empresas.

Um procurador, alheio às investigações, entra na área e insere as empresas do filho de Lula por uma simples suspeita, sem prova ou indício de nada. Uma juíza substituta acolhe o pedido e manda que a PF vá até elas e recolha tudo, chegando a falar em jóias, eletrodomésticos (veja imagem acima, que é reprodução da decisão da juíza).

Tudo isso pra quê? Para ao final tudo ser anulado? Não, o objetivo deles foi alcançado. Atingir Lula através de seu filho, na véspera do seu aniversário, em mais uma daquelas ações calhordas e impunes da PF, do Ministério Público, sem que o governo tome qualquer atitude.


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