Em sua conta no Twitter [reproduzida aqui], a Unasul (União de Repúblicas Sul-americanas) informa que não vetou o nome do ex-ministro Nelson Jobim como um dos observadores das eleições na Venezuela, como informam nossa mídia e o TSE, que chegou a cancelar a ida da delegação brasileira ao país vizinho.
Aqui no Brasil, o tal veto que não houve rendeu discursos indignados dos de sempre, aqueles a quem a presidenta Dilma se referiu, com extrema propriedade, de moralistas sem moral..
Fato é que não houve veto. Embora pudesse haver, porque o ex-ministro é figura dúbia, que já confessou (impunemente, diga-se de passagem) ter feito alterações em nossa Constituição, quando de sua redação final, sem informar a ninguém. Pode existir crime mais grave?
Mesmo em relação à Venezuela, Jobim é dúbio. Ao mesmo tempo que defendeu a entrada do país no Mercosul, em outra oportunidade disse que a Venezuela é “uma nova ameaça” para a estabilidade da região.


Meu perfil no Facebook: Antonio Mello
*Rubens Casara convida para o lançamento do livro "Como conversar com um fascista: reflexões sobre o cotidiano autoritário brasileiro", de autoria de **Marcia Tiburi, Editora Saraiva, 2015.
ResponderExcluir[Ah, o prefácio é do sempre excelente Jean Wyllys]
*Doutor em Direito, Mestre em Ciências Penais, Juiz de Direito do TJ/RJ, Coordenador de Processo Penal da EMERJ
**artista plástica, professora de Filosofia e escritora.
(...)
Ao propor que a experiência dialógica alcance também os fascistas, aqueles que se recusam a perceber e aceitar o outro em sua totalidade, Marcia Tiburi exerce a arte de resistir. Dialogar com um fascista, e sobre o fascismo, forçar uma relação com um sujeito incapaz de suportar a diferença inerente ao diálogo, é um ato de resistência. Confrontar o fascista, desvelar sua ignorância, fornecer informação/conhecimento, levar esse interlocutor à contradição, desconstruindo suas certezas, forçando-o a admitir que seu conhecimento é limitado, fazem parte do empreendimento ético-político da autora, que faz neste livro uma aposta na potência do diálogo e na difusão do conhecimento como antídoto à tradição autoritária que condiciona o pensamento e a ação em terra brasilis. O leitor, ao final, perceberá que não só o objetivo foi alcançado como também que a autora nos brindou com um texto delicioso, original, profundo sem ser pretensioso. Mais do que recomendada a leitura.
Aproveito para convidar a todos/todas para os lançamentos já confirmados:
05/11 – Rio de Janeiro. Local: Travessa do Leblon.
10/11 – São Paulo. Local: Espaço Revista Cult.
23/11- Belo Horizonte. Local: Sempre um Papo.
FONTE [LÍMPIDA!]: http://justificando.com/2015/10/24/conversar-com-um-fascista-um-desafio-/