Por que a PF ainda não desmontou a farsa Brasif-FHC? Por que Brasif pagou a Mírian por 4 anos, se ela diz que não trabalhou?




Publiquei aqui no blog, em 26 de fevereiro, notícia de que a Polícia Federal iria investigar declarações da jornalista Mírian Dutra de que o ex-presidente FHC, de 2002 a 2006, enviou-lhe um mensalinho de três mil dólares, por intermédio da empresa Brasif, para ajudar mo sustento do filho que pensava ser dele.

Questionado, curiosamente, FHC saiu-se com uma estranha declaração: "Trata-se de um contrato feito há mais de 13 anos, sobre o qual não tenho condições de me manifestar enquanto a referida empresa não fizer os esclarecimentos que considerar necessários".

E, por que escrevi "curiosamente"? Porque logo em seguida a Brasif disse que fez contrato com Mírian Dutra, sim, mas FHC não (sic) teve nada a ver com isso. Então, por que FHC disse que não se lembrava de detalhes de um contrato (citou até quando foi feito - "há mais de 13 anos") se dele não participou? Curioso...

Pelo contrato, Mírian teria que entregar relatórios sobre free shops, diz a Brasif. Só que Mírian diz que nunca fez relatório algum, nem outro tipo de trabalho qualquer para a Brasif. Apenas recebru religiosamente o mensalinho de US$ 3 mil, de 2002 a 2006.

Volto à investigação da PF. Por que até agora não chegou a conclusão alguma, já que a questão é simples? Se houve o contrato, basta mostrá-lo e os relatórios enviados por Mírian, provando que ela trabalhou.

Se não há relatório algum, como ela afirma, eles têm que explicar por que pagaram religiosamente os dólares a ela. Se não tiverem explicação, aí quem tem que se explicar é o ex-presidente FHC. Por que, a troco de quê, enviou o dinheiro a Mírian usando a Brasif?

Será que as duas semanas que já se passaram, desde a abertura do inquérito, não são suficientes para a PF descobrir isso? Ou eles estão procurando digitais dos cisnes pedalinhos do sítio de Atibaia?



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