Por que os partidos de esquerda não se uniram e podem ficar de fora do segundo turno no Rio?



Com as últimas pesquisas mostrando uma liderança consolidada do senador Crivella na faixa dos 30% e os demais embolados em torno de 10% das intenções de voto, e também com a já detectada e previsível subida do candidato de Eduardo Paes, as esquerdas podem ficar de fora do segundo turno no Rio. Por quê?

A resposta é simples: porque o Psol não quis essa união no primeiro turno.

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No último sábado, 25 [de junho], o diretório estadual do Psol rejeitou, por unanimidade, as coligações com PT e PCdoB nas eleições municipais de outubro. Um relatório com a posição e justificativas será enviado ao diretório nacional que vai se debruçar sobre a questão nos dias 29 e 30 de julho.
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O presidente estadual do PT do Rio de Janeiro Washington Quaquá, em entrevista ao jornal carioca O Dia,  confirma que essa era a intenção do partido e que procurou o Psol para propor a aliança, mas foi rechaçado.

- Eles (do Psol) tiveram postura estudantil. Eu declarei que o PT poderia apoiá-los e disseram que deveríamos ‘nos banhar antes no Rio Jordão’ (uma espécie de purificação). Ninguém quer aliança onde se trata aliados desta forma. Há a possibilidade, mas eles precisam ser educados. A nossa política será criar uma frente popular de esquerda. Será fazer a reforma política e as outras, como a agrária, a urbana. A ideia é detonar uma grande mobilização de massa, a partir do Rio de Janeiro.

Portanto, eleitor carioca, se, ao chegar ao segundo turno, você só tiver a opção de votar em dois traíras, que se aproveitaram o quanto puderam dos governos Lula e Dilma e depois votaram favoravelmente ao impeachment da presidenta, já sabe de quem cobrar a conta...

Para evitar essa catástrofe, a opção é votar já na Jandira, fazendo pela decisão dos eleitores a união que o Psol se recusou a fazer.

O voto útil em Jandira é a única oportunidade que temos de impedir um segundo turno entre Crivella e Pedro Paulo.