Enquanto no mundo todo já se discute ou mesmo se adota a
descriminalização de algumas drogas como a maconha, por exemplo, no
governo golpista de Michel Temer a guerra às drogas é política de
governo. O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, ex-advogado do PCC,
já posou inclusive de facão em punho derrubando pés de maconha [imagem].
Cachorro mordendo o próprio rabo
Os
efeitos desastrosos dessa política ficam claros na chacina ocorrida
agora no presídio em Manaus, em que 56 pessoas foram barbaramente assassinadas. O que
gerou a rebelião e posterior chacina não foi um fracasso da política de
drogas, mas, pelo contrário, seu sucesso, como declarou à Folha o
governador do Estado José Melo:
"No caso do Amazonas, esse caso é mais grave, já que em dois anos de governo, nós já apreendemos 21 toneladas de drogas, o que representa o quantitativo apreendido por todos os outros governos que me antecederam, e praticamente dobramos a população carcerária com prisões voltadas sobretudo para essa questão de tráfico de drogas".
O governador fez a maior apreensão de drogas da história do Amazonas e dobrou a população carcerária. O resultado foi mais segurança para a população? Não. Foi a chacina do presídio.
A guerra às drogas só é boa para os fabricantes de drogas, traficantes de armas e drogas e os banqueiros, que lavam com altíssimo lucro a fortuna que o negócio das drogas ilegais produz.