Bolsonaro pode ser o próximo presidente do Brasil?



Pesquisa recente CNT/MDA mostra que, apesar da intensa campanha negativa contra Lula, sua candidatura cresce a cada nova pesquisa e agora ele já vence todos os seus adversários, inclusive num hipotético segundo turno. Além disso, a pesquisa mostra o fiasco de uma candidatura Aécio, em quarto lugar, e o crescimento da candidatura Bolsonaro.


Bolsonaro cresce porque muitos acham que ele é um político diferente dos demais, porque ele é um militar linha dura (embora, em realidade, ele "perdeu" a ditadura, porque quando saiu da Academia Militar ela já estava sem forças, tocando retirada e procurando uma forma de não saírem todos presos - o que conseguiram com a Lei da Anistia), mas ele é igualzinho aos outros políticos, tudo o que faz é para aumentar seu número de eleitores, fala para esse público específico, aquelas pessoas que acham que os políticos são todos iguais, que a política é suja etc.

Bolsonaro é igualzinho. É deputado desde 1988, quase 30 anos, e nesse período não aprovou um único projeto. Troca de partidos como quem troca de camisa: PDC, PP, PPR, PPB, PTB, PFL, PP, PSC.

É assíduo, mas só tomamos conhecimento de sua existência por ofensas e agressões a colegas ou por suas declarações estapafúrdias, homofóbicas, racistas, machistas, misóginas - exatamente como é boa parte dos brasileiros.

É a esse público que ele se dirige quando ofende um colega ou artista famosa. Bolsonaro sabe que vai repercutir na mídia e vai divulgar seu nome entre os brasileiros que pensam como ele e só não externam suas ideias e ofensas porque não têm a imunidade parlamentar que ele tem.

Veja esta notícia de 2011 de O Globo, onde ele chega a prever o crescimento de dua candidatura:
No centro de um polêmica que envolve acusação de racismo e homofobia, o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) garante que não está em campanha, porque a eleição ainda está longe, em 2014. Mas o parlamentar fez uma projeção da votação que teria em função da repercussão de suas declarações.
- Não estou em campanha, mas se a eleição fosse hoje, teria 500 mil votos.

Quase isso: teve 464 mil em 2014. E agora já está em segundo lugar nas pesquisas. Portanto, está na hora de, em vez de menosprezá-lo como candidato bizarro (um Tiririca milico) ou desprezá-lo pelo que merece de desprezo, prestar atenção no que é Bolsonaro e no que poderia vir a ser um governo dele no Brasil.

Olho nele.

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