Sérgio Cabral e sua gangue não roubaram apenas dinheiro: 'Sem aulas, transferências na UERJ aumentam mais de 30%'


É criminoso o que está acontecendo com a UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro). Fruto da roubalheira do ex-governador Sérgio Cabral e sua gangue (em grande parte já presos em Bangu 8, mas ainda com muitos elementos à solta, inclusive no governo e na Alerj) que quebraram o estado do Rio de Janeiro, a UERJ é mais uma vítima do caos instalado no estado.

Primeira Universidade do país a instalar o sistema de cotas, com alguns dos melhores quadros de professores e cientistas do Brasil, uma história ligada a pesquisas sociais e aos direitos humanos, a Universidade sofre as consequências da falta de verbas , que conseguiram paralisar seu funcionamento. Isso levou a um aumento do pedido de transferência de alunos, em busca de prosseguir com seus estudos.


De 2015 pra 2016, o número de transferências para outras universidades aumentou 36%, passando de 512 pra 700.
Nascida em São Paulo, Gabriela Malagutti decidiu fazer vestibular para jornalismo na UERJ e morar no Rio. Porém, os constantes atrasos na formatura e a precariedade da segurança e limpeza do campus fizeram com que ela pedisse transferência para uma faculdade particular e voltasse para São Paulo.
"A UERJ tem um conceito muito bom em jornalismo. E aí, como eu passei, eu decidi unir o útil ao agradável. Eu tinha um monte de sonhos e acabou que a crise matou um pouco os meus sonhos", disse a estudante.
Por outro lado, há também quem, em nome da trajetória acadêmica, não queira deixar os estudos na UERJ. Há um ano e meio da formatura, a estudante de psicologia Bruna Petrus diz que deixar os grupos de estudo e as pesquisas que realiza na faculdade atrasaria sua formação.
"Eu tenho uma trajetória acadêmica dentro dessa universidade. Com um grupo de pesquisa, um projeto de pesquisa, tenho planos de fazer um mestrado com a mesma orientadora. Então eu acho que não tem sentido eu sair pra uma outra instituição aonde eu não conheço os professores e a linha de pesquisa", afirmou.
A reitoria e o fórum de diretores alegam que vêm se reunindo para discutir e propor alternativas pra superar a crise financeira. Eles voltam a se encontrar no próximo dia 16, para tentar definir o início das aulas. [ Fonte: CBN Rio]
Como se vê, mesmo diante de tantas dificuldades, da aparente falta de solução e interesse pelo governo, tanto o estadual como o federal, ainda há alunos que defendem a permanência na Universidade e alimentam o sonho de que ela volte a funcionar com a qualidade de sempre.

Essa luta é também de funcionários e professores, que nas ruas e redes sociais não se cansam de defender a UERJ e o que ela significa na Educação e na História do estado do Rio e do Brasil.

A luta pela UERJ é a luta de todos os que defendemos um ensino gratuito e de qualidade , é a luta de todos nós, afinal a UERJ é a Universidade do Estado do Rio de Janeiro.