Não satisfeitos com os lucros estratosféricos que seguem obtendo no Brasil, os bancos usam de todos os recursos, legais e paralegais, para aumentar suas margens de lucro.
Uma das formas de que se utilizam é a "engenharia fiscal" ou elisão fiscal ou, em português direto, sonegação, que usa as brechas da lei ou dos fiscais. Apenas com um tipo dessas operações podem ter sonegado R$ 15 bilhões no ano passado.
A Receita desconfiou de que algo de errado estava ocorrendo apenas neste ano, quando houve pequeno aumento da arrecadação que estava estagnada, mas o mesmo aumento não foi acompanhado pelos bancos.
Em julho, a Receita começou a investigá-los e apenas o zunzunzum do mercado fez com que a arrecadação com os bancos crescesse 46% de julho para agosto. Ou seja, eles se entregaram, abandonando a "engenharia fiscal", quando perceberam que a Receita havia descoberto o esquema.
Desde 2014, a Receita identificou um forte descolamento entre os resultados do setor e o desempenho da arrecadação.O movimento vem se intensificando ano a ano, e atingiu o ápice ao longo de 2017, quando, mês após mês, o volume arrecadado vinha se mostrando distante das projeções da própria Receita.O Fisco ainda está calculando quanto os bancos podem ter deixado de pagar.Em 2016, indícios apontam que a perda potencial de arrecadação pode ter ultrapassado os R$ 15 bilhões.A avaliação é que o quadro piorou neste ano. Segundo palavras de uma pessoa da equipe econômica, o recolhimento feito pelos bancos foi o "principal componente" da arrecadação a flutuar no ano.Em julho, por exemplo, o recolhimento por estimativa de IRPJ e CSLL das instituições financeiras desabou 67,35%, descontada a inflação do período, em relação ao mesmo mês de 2016.Essa mesma receita cresceu 43,43% no mês passado, um dos fatores que ajudaram as receitas federais como um todo a subirem mais de 10%.Durante a divulgação dos dados de agosto, a Receita atribuiu a reação surpreendente da arrecadação não só à recuperação da atividade econômica, mas também a "ações da Receita Federal".[Fonte: Folha]
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