Boulos: 'É preciso cerrar fileiras no enfrentamento ao golpe, às reformas de Temer e aos retrocessos democráticos, bem como na defesa do direito de Lula ser candidato'

Boulos discursa em evento popular

Em entrevista à CartaCapital, o líder do MTST Guilherme Boulos tenta separar joio do trigo e esclarece suas posições em relação a temas que têm gerado críticas nas esquerdas. Para ele, o enfrentamento ao golpe é tarefa em que a esquerda tem de estar unida, inclusive quanto ao direito de Lula ser candidato.

“A esquerda precisa ter maturidade para estar junta naquilo que une a todos e, ao mesmo tempo, reconhecer sua própria diversidade. É preciso cerrar fileiras no enfrentamento ao golpe, às reformas de Temer e aos retrocessos democráticos, bem como na defesa do direito de Lula ser candidato”, diz. “Mas é preciso ter a mesma maturidade para compreender que a diversidade de posições não é um problema”.

Vou postar uma pergunta, com a respectiva resposta de Boulos aqui, e a seguir o link para a entrevista completa.

CartaCapital: Você é cotado como candidato do PSOL à Presidência da República. Caso esse projeto se concretize, que papel a sua candidatura representaria nas eleições de 2018? Que bandeiras pretende puxar?
Guilherme Boulos: Primeiro, é importante ressaltar que não há ainda nenhuma definição. Houve um convite do PSOL, que está sendo debatido com a coordenação do MTST e com companheiros do próprio PSOL. Mas, independente de ser ou não candidato, penso que a esquerda tem três desafios no debate eleitoral deste ano. 

O primeiro deles é centrar suas forças no enfrentamento ao golpe e a seu projeto antipopular. Há um verdadeiro desmonte nacional, conduzido por Temer, Meirelles e o PSDB. Este projeto não ganhou nas urnas em 2014 e precisa ser sepultado em 2018. Parte deste enfrentamento ao golpe é a defesa decidida do direito de Lula ser candidato. A tentativa de inviabilizá-lo é expressão da continuidade do golpe.
O segundo desafio é enfrentar as falsas alternativas, que tentam capturar o sentimento de rejeição à política e consolidar uma onda conservadora. A principal expressão disso hoje  é a candidatura de Jair Bolsonaro. Bolsonaro é uma farsa, deputado há três décadas e representante da política mais atrasada. Essa farsa precisa ser desmontada.
O terceiro é aprender com as lições do golpe. O golpe representou uma radicalização da Casa Grande e de seus políticos. Fechou qualquer possibilidade de termos avanços sem conflito. Se foi possível garantir mais direitos sem enfrentar os grandes privilégios na sociedade e no Estado brasileiro, hoje não é mais. Isso se expressa em termos de programa e de alianças. Não se trata apenas de querer ser mais radical, quem radicalizou foram eles. É preciso apresentar um projeto que coloque o dedo na ferida.  

Quem quiser tomar uma posição sobre a possível candidatura Boulos, deve ler a entrevista na íntegra, ver o que ele pensa e cotejar com o pensamento do PSOL, através de suas lideranças, como Freixo, Genro e Wyllys, e simpatizantes, como Safatle.

Link para entrevista completa, aqui.



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