Em seu anúncio de desfiliação do PR, após intervenção do presidente nacional do Partido no diretório do Rio, do qual Garotinho era presidente, o ex-governador disse que saía satisfeito do partido que está apoiando Temer e convidou seus seguidores a acompanhá-lo num novo caminho, segundo ele, a ser definido.
Mas, pelo que ele escreveu na postagem (na íntegra aqui), há algo no ar entre ele e o PDT, partido com o qual se elegeu em 1998 governador do Rio.
Pra quem viveu a maior parte da sua vida discutindo e aprendendo política com Brizola, Darci Ribeiro, estudando o trabalhismo de Vargas, de Jango, lutando ao lado daqueles que defendem um país mais justo, passar um período no PR foi um ponto fora da curva na minha história.
Eu não sei se devo lamentar ou comemorar a decisão. Talvez seja a hora de eu me reencontrar com meus princípios históricos, os quais nunca abandonei: o nacionalismo, o trabalhismo e a defesa do povo.
Todos os nomes que cita foram do antigo PTB, que virou PDT com a reforma política. Nacionalismo, trabalhismo e povo são música para o ouvido dos pedetistas.
Como nenhum político dá ponto sem nó, parece que o destino de Garotinho (ou porque ele deseja ou porque recebeu aceno do Partido) é o PDT.
Como será acolhido (se o for) por antigos brizolistas, que consideram que Garotinho traiu Brizola, quando saiu do PDT para o PSB para concorrer à presidência em 2002?
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