Repórter volta ao tema da fraude no WhatsApp em benefício de Bolsonaro, agora com provas

Trecho do documento com oferta ilegal pela CROC

A repórter Patrícia Campos Mello, desde já candidatíssima à reportagem da década, voltou nesse sábado a falar do assunto que domina as redes e pessoas ligadas em informação e política, menos a mídia corporativa e o TSE acovardado: a fraude via WhatsApp, que envolveu o disparo de milhões de mensagens com ataques mentirosos à candidatura Haddad e ao PT.

Dessa vez, Patrícia apresentou documento. A reprodução de uma oferta da empresa CROC Services à campanha de Alckmin, mostrando que a CROC vendia disparos com base de números própria, o que é ilegal. Os disparos em massa só podem ser enviados a pessoas cadastradas, que aceitem receber mensagens do Partido e/ou candidatos(s).

Repare na reprodução as especificações sobre os itens da proposta. O terceiro fala em "Números destinatários exclusivos", ou seja, aqueles da base de dados da empresa e não do partido (repito, o que é ilegal), dá o volume de disparos e alcance de quase 120 milhões de números, e o valor de quase R$ 9 milhões.

Na reportagem, fica-se sabendo que o PSDB teria recusado a proposta desse item ilegal (foi gente da campanha do PSDB, e não do PT, que denunciou esquema à repórter). Parece que os empresários que apoiam o candidato Bolsonaro não.

A resposta da CROC é um primor:
Pedro Freitas, sócio-diretor da Croc, afirmou não saber que a prática era ilegal.
Tem coisa mais bolsonariana que isso?

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