Para Gilmar Mendes, Moro e Dallagnol 'anularam a condenação de Lula'

Gilmar Mendes apontando o dedo

Numa entrevista publicada na revista Época desta semana, o ministro do STF Gilmar Mendes fez vários comentários sobre o conteúdo dos vazamentos publicados pelo The Intercept Brasil sobre a Lava Jato.

Segundo Gilmar, “o chefe da Lava Jato não era ninguém mais, ninguém menos do que Moro. O Dallagnol, está provado, é um bobinho. É um bobinho. Quem operava a Lava Jato era o Moro”.

E completou: “Eu acho, por exemplo, que, na condenação do Lula, eles anularam a condenação”.

Mendes foi além e viu não apenas desvios éticos nas conversas, mas crime.
Mendes viu até a prática de um crime nas conversas vazadas. “Um diz que, para levar uma pessoa para depor, eles iriam simular uma denúncia anônima. Aí o Moro diz: ‘Formaliza isso’. Isso é crime”, avaliou Mendes, referindo-se a um trecho das mensagens em que Dallagnol escreveu que faria uma intimação oficial com base em notícia apócrifa, diante da negativa de uma fonte do MPF de falar. E Moro respondeu que seria “melhor formalizar”. “Simular uma denúncia não é só uma falta ética, isso é crime.” Mendes ressalta não ser contra o combate à corrupção, mas sim contra o que ele chamou de “modelo de Curitiba”. 
Segundo a Época, quatro ministros declararam de forma reservada que vêm os diálogos como muito graves. Três deles acham que provavelmente vão causar a anulação de parte ou de toda a sentença contra o ex-presidente Lula.

Isto é: só com o que leram até o momento. Quando da entrevista, isto ainda não havia sido publicado: Prova de parcialidade: Moro pede nota à imprensa contra Lula, 'porque a defesa [de Lula] já fez o showzinho dela'.


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