No último 1 de julho, a artista e ilustradora mexicana María Conejo e a jornalista estadunidense Zoe Mendelson colocaram no ar a Pussypedia, uma enciclopédia sobre a pussy.
E por que a palavra pussy e não vagina, vulva ou outra qualquer, elas explicam:
Propomos um novo uso da palavra, inclusive de gênero e órgãos, que é "uma combinação de vagina, vulva, clitóris, útero, bexiga, reto, ânus e quem sabe, talvez alguns testículos".O site é bilíngue, com informações em inglês e espanhol, por enquanto. Logo teremos brasileirxs colaborando e trazendo as informações para nosso idioma.
Estamos nos apropriando da palavra "pussy", porque gostamos! "Vagina" vem da palavra latina "vaina", que significa "o local em que se guarda a espada". Não concordamos com a ideia de que vaginas existem como objetos a serviço do pênis. Além disso, a palavra "vagina" refere-se apenas ao canal vaginal. Ao chamar tudo assim, ignoramos muitas outras partes importantes, incluindo tudo o que vemos do lado de fora, começando com o clitóris, que é feito dos mesmos tecidos que o pênis, tem um tamanho semelhante e é responsável pelos nossos orgasmos. (Oxalá não precisássemos nos referir aos pênis para falar sobre a importância do clitóris). Se apenas a chamamos de vulva, estamos ignorando a vagina e tudo o que há dentro dela. É por isso que estamos usando a palavra "pussy" para abranger o todo.
Nós, as fundadoras da Pussypedia, somos mulheres cisgênero. As origens do site vêm da nossa própria curiosidade sobre nossos genitais e da alarmante falta de informações acessíveis e precisas sobre o assunto. O foco deste site nos órgãos genitais visa abordar essa falta de informação, mas não sugere que essa parte do nosso corpo define nosso sexo ou nosso gênero. Para ser claras, nossas pussies não nos fazem mulheres. Muitas pessoas com pussies não são mulheres e muitas mulheres não têm pussies. Se a informação que existe sobre mulheres de gênero cis é terrível, é ainda pior para pessoas trans, não binárias e intersexuais. O que criamos até agora é apenas o começo e de modo algum abrange o leque de perspectivas e experiências que existem. Nem o modelo 3D em sua forma atual reflete a diversidade de configurações anatômicas existentes. Esperamos um dia ter um modelo que reflita essa diversidade! As pessoas podem ter diferentes configurações anatômicas e consideramos essa diversidade de combinações "pussies".
Mas é um site muito bem feito e o Google Tradutor está aí mesmo para ajudar, enquanto isso não acontece.
Fonte original: Pagina 12.
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