Bolsonaro mente quando diz que mudança na PF no Rio era para segurança da família. Isso é responsabilidade do general Heleno



Pelo que se comenta sobre a tal reunião ministerial do dia 22 de abril, Bolsonaro foi flagrado exigindo mudanças na PF do Rio, de superintendente, diretor da PF e até o ministro Moro, se este não o atendesse.

Parece que teria usado a expressão "estão querendo me foder, ou foder minha família", tal o grau de preocupação.

Lógico que ele se referia aos casos nebulosos em que seus filhos estão envolvidos, que passam por rachadinhas, associação com milicianos e até o envolvimento no assassinato de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

A defesa de Bolsonaro, aparentemente combinada com os demais generais chamados a depor pelo ministro do STF Celso de Mello, é alegar que sua preocupação era com a segurança pessoal e a de seus filhos, por conta do episódio até hoje mal explicado da facada (fakada?).

Só que a mentira não se sustenta, porque a segurança do presidente e de sua família, segundo a lei 13.844 de junho de 2019, é atribuição do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), comandada pelo General Heleno, e não da PF.

Se a preocupação fosse essa ele teria que cobrar do general Heleno (aproveitando para cobrar também sobre os 39 kg de cocaína em um dos aviões da comitiva de Bolsonaro)...

Por que então Bolsonaro queria mexer com o superintendente da PF no Rio, no diretor geral da PF, ao ponto de abrir mão de Moro no governo?

É isso o que ele tem que explicar. Se tem explicação.

Se não, o ministro Celso de Mello vai ordenar processo contra ele, que deve ser afastado do cargo.

Enfim, uma boa notícia para o Brasil. Caso aconteça.






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