Domingo com Poesia: Leminski, Hai-kais e otras cositas mas


a estrela cadente
me caiu ainda quente
na palma da mão


cortinas de seda
o vento entra
sem pedir licença


acordei e me olhei no espelho
ainda a tempo de ver
meu sonho virar pesadelo


amar é um elo
entre o azul
e o amarelo


jardim da minha amiga
todo mundo feliz
até a formiga


lembrem de mim
como de um
que ouvia a chuva
como quem assiste missa
como quem hesita, mestiça,
entre a pressa e a preguiça


en la lucha de clases
todas las armas son buenas
piedras
moches
poemas


I

Confira
tudo que
respira
conspira

II

Tudo é vago e muito vário
meu destino não tem siso,
o que eu quero não tem preço
ter um preço é necessário,
e nada disso é preciso

III

Cinco bares,
dez conhaques
atravesso são paulo
dormindo dentro de um táxi

IV

isso de querer
ser exatamente aquilo
que a gente é
ainda vai
nos levar além

V

O pauloleminski
é um cachorro louco
que deve ser morto
a pau a pedra
a fogo a pique
senão é bem capaz
o filhodaputa
de fazer chover
em nosso piquenique







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