Enquanto a pandemia trouxe a morte a mais de 230 mil brasileiros por aqui pela COVID, graças à administração genocida da crise por Bolsonaro e seus asseclas, e trouxe também de volta, como efeito colateral, milhões de brasileiros à miséria e o recorde de desempregos, para uma parte dos brasileiros a pandemia é um maná dos céus.
Nos últimos meses, os bilionários da área da saúde estão sob holofotes. Em dezembro de 2020, a Rede D’Or protagonizou o maior IPO de uma companhia nacional desde 2013, impulsionando a fortuna de Jorge Moll Filho, de 76 anos, cardiologista e fundador da empresa, de US$ 2 bilhões em abril de 2020 para US$ 13 bilhões ontem (4). Como resultado da abertura de capital robusta, Moll Filho pulou da 16ª posição do ranking de bilionários da Forbes para a terceira, fechando o top 3 com Jorge Paulo Lemann e Eduardo Saverin.Para a família Godoy Bueno, controladora do grupo de diagnósticos clínicos Dasa, o cenário também está positivo. Após se destacar no mercado da saúde em 2020 por conta de sua estratégia de expansão e sua atuação médica ativa na crise sanitária causada pela pandemia de Covid-19, as ações da companhia dispararam 62,5% no início deste ano, mais precisamente entre 8 e 15 de janeiro. O salto nos papéis rendeu algumas conquistas aos membros da família. Dulce Pugliese de Godoy Bueno, por exemplo, assumiu o posto de mulher mais rica do Brasil em janeiro de 2021,com uma fortuna agora contabilizada em US$ 6,4 bilhões. A empresária, que fundou a Dasa com o ex-marido Edson de Godoy Bueno, controla atualmente 48% das ações da companhia.
Pedro de Godoy Bueno, CEO e herdeiro da Dasa, é mais uma personalidade que se destaca na área da saúde. Com um patrimônio líquido de US$ 3,2 bilhões, o empresário é o jovem mais rico do Brasil e está entre os dez bilionários mais jovens do mundo.
É fato que a fortuna dos mais ricos do país, de modo geral e na contramão da crise financeira causada pela pandemia, cresceu de 2020 para este ano. Entretanto, a valorização do patrimônio líquido dos bilionários da área da saúde foi astronomicamente superior.
Em números, a média das fortunas dos 53 membros brasileiros da lista dos mais ricos do mundo saltou de US$ 2,28 bilhões para US$ 3,53 bilhões, uma valorização de 54,82% em menos de um ano. Já o recorte do patrimônio líquido dos bilionários da área da saúde mostra que o valor médio saiu de US$ 1,64 bilhão em 2020 para US$ 3,85 em 2021, crescimento de 134,76% –80% a mais que a média geral. [Leia mais na Forbes]
Argentina e Bolívia, como já publiquei aqui, estão taxando as grandes fortunas para fazer frente à pandemia, enquanto Bolsonaro retira o auxílio emergencial, corta verbas da saúde e combate a miséria deixando morrer os miseráveis pelo vírus ou pela fome.
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