Polícia do Rio decreta sigilo sobre investigações do assassinato do congolês. Por quê?


Na manhã de hoje a polícia do Rio começou a ouvir testemunhas do caso do assassinato do congolês Moïse Kabamgabe. Moïse foi barbaramente assassinado na semana passada, segundo informações, ao cobrar diárias que lhe eram devidas pelo quiosque Tripocália, na Barra, zona oeste do Rio de Janeiro.
 
Além de testemunhas que depuseram esta manhã, três advogados de defesa do quiosque foram até a delegacia. Após a visita, a delegacia decretou o sigilo das investigações.
 
Por quê? Esse nunca foi o comportamento da polícia do Rio. Além do mais, há a informação de que imagens de câmeras de segurança documentam de vários ângulos o assassinato.
 
A exposição pública da imagem dos assassinos (não do assassinato) serviria para que a população ajudasse na identificação dos criminosos. 
 
Tudo é muito estranho nesse caso, que teria ocorrido na semana passada, só vindo ao conhecimento público agora, sem que o nome do dono do quiosque tenha sido revelado.
 
Agora, vem a notícia do sigilo. O que querem esconder?
 
Provavelmente, milicianos, policiais que faziam a segurança do ou dos quiosques, que podem levar a políticos com ligações conhecidas com a milícia ou figurões do submundo do Rio.
 
Porque esse não é o comportamento usual da polícia, que divulga sempre imagens e corre para dar entrevista, especialmente para a Rede Globo.
 
Temos que ficar atentos e cobrar, para que não fique impune o assassinato covarde do jovem negro Moïse Kabamgabe, de apenas 24 anos.





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