Muita gente do campo da esquerda desnorteada com a possível escolha de Alckmin como companheiro de Lula na chapa presidencial deste ano.
A notícia não foi confirmada por nenhum dos dois envolvidos. Aliás, Lula ainda nem se confirma candidato.
No entanto, as críticas são pesadas, da parte daqueles que não perdoam (como eu) o Alckmin Pinheirinho. Dizem, e eu concordo, que Alckmin não é fundamental para a eleição de Lula este ano.
Mas, se a política é nuvem que encobre, é preciso tentar enxergar além dela. No caso, vejo dois movimentos visando dois momentos: as eleições de agora e as de 2026.
Alckmin governou São Paulo por quatro mandatos, conhece o estado como ninguém, e na chapa de Lula ajuda na eleição em São Paulo, mas, principalmente, abre caminho para uma vitória de Haddad na disputa do governo do maior estado brasileiro, com receita prevista de R$ 286,7 bilhões para 2022.
Lula e Haddad eleitos devem trabalhar em dupla, pavimentando caminho para que Haddad seja o candidato do PT à presidência em 2026, quando Lula já terá 81 anos.
Haddad vai ter a experiência do governo de São Paulo, o apoio de Lula, o recall da campanha de 2018 e juventude bastante para dois mandatos.
Serão 12 anos para mudar o Brasil.
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