A guerra em números. 450 dias de genocídio palestino por Israel em Gaza

Embora boa parte do mundo finja não ver ou tape os ouvidos, o genocídio em Gaza continua.

No início desta semana o último hospital em funcionamento no norte de Gaza, o Hospital Kamal Adwan, foi tomado pelas forças israelenses e todos os médicos, incluindo o seu diretor, e pacientes foram presos e levados para um local desconhecido.

As “zonas seguras” já não existem e as pessoas se instalam em abrigos improvisados ​​ou campos de refugiados tanto no norte como no sul da Faixa de Gaza, que estão frequentemente expostos a ataques indiscriminados de Israel.

A seguir está o último balanço das perdas humanas e materiais das agressões israelenses durante os 450 dias do genocídio em Gaza até 29 de dezembro de 2024, de acordo com dados publicados pelo Gaza Media Office:

 

A guerra em números 


  • 45.514 – o número total de mortes em Gaza desde 7 de outubro de 2023
  • 108.189 – o número de pessoas feridas em Gaza desde o início da guerra
  • 9973 – o número de massacres cometidos pelo regime sionista
  • 11.200 – o número de pessoas ainda desaparecidas e presas sob os escombros
  • 1413 – o número de famílias palestinas exterminadas e apagadas do registro civil
  • 5.455 – número de parentes dessas famílias totalmente excluídos do registro civil
  • 3.467 – o número de famílias reduzido a um único sobrevivente desde 7 de outubro
  • 17.818 – o número de crianças assassinadas nos últimos 14 meses
  • 12.287 – o número de mulheres assassinadas desde o início do genocídio
  • 44 – o número de pessoas que morreram de fome nesse período
  • 5 – o número de pessoas, principalmente crianças, mortas por hipotermia
  • 70 – a percentagem de crianças e mulheres vítimas da guerra
  • 3.500 – o número de crianças em risco de morte devido à desnutrição e escassez de alimentos
  • 1.068 – o número de médicos e profissionais de saúde mortos desde 7 de outubro
  • 94 – o número de militares da defesa civil mortos desde o início da guerra
  • 201 – o número de jornalistas palestinos mortos desde 7 de outubro
  • 728 – o número de policiais e pessoal de segurança humanitária mortos desde 7 de outubro
  • 7 – o número de valas comuns criadas pelas forças israelenses dentro de hospitais
  • 520 – o número de pessoas recuperadas de valas comuns em Gaza
  • 216 – o número de abrigos e centros de deslocamento destruídos nos bombardeios israelenses
  • 236 – o número de dias em que todas as passagens de Gaza foram completamente fechadas
  • 12.650 – o número de feridos que precisam viajar para tratamento
  • 12.500 – o número de pacientes com câncer que correm risco de morrer por falta de medicamentos e cuidados médicos
  • 350.000 – o número de pessoas com doenças crônicas que estão em risco devido à escassez de medicamentos
  • 2 milhões – o número de pessoas deslocadas no enclave costeiro
  • 12.780 – o número de estudantes mortos pelo regime israelense
  • 488 – o número de escolas e universidades total ou parcialmente destruídas
  • 904 – o número de professores, educadores, cientistas, acadêmicos, professores e pesquisadores mortos
  • 785.000 – o número de estudantes privados de educação escolar desde 7 de outubro
  • 981 – o número de mesquitas total ou parcialmente destruídas
  • 3 – o número de igrejas atacadas e destruídas desde 7 de outubro
  • 213 – o número de sedes governamentais destruídas
  • 2300 – o número de cadáveres roubados pelo regime israelense
  • 19 – o número de cemitérios total ou parcialmente destruídos
  • 437.600 – o número de casas total ou parcialmente destruídas
  • 276 – o número de hospitais, instalações de saúde e instituições destruídas
  • 136 – o número de ambulâncias destruídas e colocadas fora de serviço
  • 206 – o número de sítios arqueológicos e patrimoniais destruídos
  • 125 – o número de transformadores elétricos destruídos
  • 2.835.000 – metros lineares de estradas e redes rodoviárias destruídas
  • 655.000 – metros lineares de redes de esgoto destruídos
  • 313.000 – quilômetros lineares de redes elétricas destruídas
  • 330.000 – metros lineares de redes de água destruídos
  • 717 – o número de poços de água destruídos
  • 42 – o número de instalações desportivas destruídas pela agressão israelita
  • 88.000 – toneladas de explosivos lançados na Faixa de Gaza
  • 37 bilhões de dólares – as perdas diretas iniciais resultantes do genocídio em curso


Todos os que se calam serão cobrados no futuro, quando o que hoje é cobertura jornalística se transformar em História.

Com informações da HispanTV

Contribua com o blog que está com você há 19 anos
PIX: blogdomello@gmail.com






Israel assassinou mais de 200 jornalistas em Gaza desde o 7/10 com a mesma desculpa

Em resposta ao ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, Israel vem cometendo genocídio da população palestina, inicialmente em Gaza, mas agora também na Cisjordânia ocupada. São mais de 45 mil mortos, 100 mil feridos e 10 mil desaparecidos, 40% deles crianças e 30% mulheres.

Mas não apenas isso. Israel pratica desde aquele 7 de outubro o maior assassinato de jornalistas da história: são 201 mortos pelas Forças Armadas de Israel. A desculpa para estas mortes é a mesma usada para todas as demais: todos eram terroristas.

Os últimos cinco jornalistas palestinos mortos trabalhavam para o canal de televisão Al Quds Al Youm. Numa fotografia tirada após o atentado, e que foi verificada pela agência americana Associated Press, pode-se ver em chamas a van onde se encontravam os cinco repórteres, que estava claramente marcada com a palavra "Press" [Imprensa]. No entanto, o exército de Israel afirmou ter informações “confiáveis” de que as cinco pessoas falecidas eram milicianos da Jihad Islâmica que “se faziam passar por jornalistas”.

Com essas mortes, mais de 190 repórteres palestinos morreram nas mãos do exército israelense desde o ataque do Hamas em 7 de outubro do ano passado, de acordo com o Sindicato dos Jornalistas Palestinos . O gabinete de comunicação social de Gaza eleva o número para 201.

“O ataque israelense ao seu veículo (...) significa que pelo menos nove jornalistas de Gaza foram mortos em menos de duas semanas. A comunidade internacional deve agir agora para proteger os jornalistas palestinos em Gaza e acabar com a impunidade de Israel”, disse o Diretor do Comité para a Proteção dos Jornalistas (CPJ), Carlos Martínez de la Serna.


Shuruq Al Asad, um jornalista veterano que é membro do executivo do Sindicato dos Jornalistas Palestinos, acredita que as evidências coletadas nos últimos meses esclarecem qualquer dúvida sobre a disposição de Israel de atacar jornalistas palestinos.

“Todas as sedes dos meios de comunicação em Gaza, num total de 88, foram bombardeadas, incluindo [as agências internacionais] Reuters e AP. Há testemunhos de ameaças diretas do exército israelense a alguns colegas. Às vezes, ligam para eles ou enviam SMS ou mensagens para as redes sociais e ordenam que interrompam o trabalho informativo”.


Com a Faixa de Gaza ocupada e a proibição da entrada de jornalistas estrangeiros, toda  comunicação sobre o extermínio é feita pelos repórteres palestinos. Atualmente, o sindicato tem mais de 1.700 jornalistas afiliados em Gaza.

O vídeo a seguir mostra a van atacada pelo exército de Israel, onde foram assassinados cinco jornalistas palestinos. Antes, a transcrição traduzida da narração em árabe no vídeo.

00:00

A ocupação não impediu que a ocupação os alvejasse, e cinco novos jornalistas se juntaram à lista de mártires em Gaza, que foram alvejados pelas forças de ocupação do ar em conjunto com ataques em diferentes áreas da Faixa de Gaza


00:29

Nos detalhes do que aconteceu, a ocupação israelense bombardeou um veículo de transmissão via satélite enquanto os cinco jornalistas dormiam nele, no portão do Hospital Al-Awda, no campo de Nuseirat, na região central da Faixa de Gaza. A ocupação admitiu ter assassinado os cinco jornalistas, alegando que eles eram uma célula militar do movimento Jihad Islâmica, um pretexto que a ocupação sempre usou para justificar o assassinato de jornalistas e outras pessoas.


01:00

Por sua vez, o escritório de mídia do governo em Gaza condenou o assassinato de jornalistas palestinos pela ocupação, mais recentemente os cinco jornalistas em Nuseirat, e pediu a todas as organizações internacionais que apoiem o trabalho dos jornalistas e da mídia.


01:28

O escritório de mídia do governo em Gaza condenou o assassinato dos cinco jornalistas em Nuseirat, elevando o número de mártires de jornalistas para mais de duzentos desde o início da agressão a Gaza, além do ferimento de mais de quatrocentos jornalistas, de acordo com o Sindicato de Jornalistas Palestinos (PJS).


01:54

Além dos alvos diretos, os jornalistas em Gaza confirmam que trabalham em condições muito perigosas para relatar ao mundo a agressão israelense diária, enquanto a ocupação continua a usar todos os meios para assassinar a imagem e a palavra para ocultar seu genocídio contínuo em Gaza por mais de um ano, de modo que o jornalista se torna testemunha e mártir ao mesmo tempo.





Com informações do El País


Contribua com o blog que está com você há 19 anos
PIX: blogdomello@gmail.com






Arthur Lira: Os esqueletos no armário de 'um bandido na presidência da Câmara'

Fórum Mídias desta sexta-feira, onde eu comento sobre o silêncio com que a mídia obsequiou Arthur Lira, enquanto ele foi presidente da Câmara dos Deputados.

Sem poder, no sereno de ser mais um deputado entre os 513, ele agora deve ter o fígado comido pela mídia, sempre em busca de desmoralizar os políticos e a política.

Chegou a hora de ele ter de prestar contas sobre as inúmeras acusações que pesam em seus ombros, a começar pela de estupro e ameaça de morte, feitas pela ex-mulher e mãe de dois de seus filhos, Jullyene Lins.




Contribua com o blog que está com você há 19 anos
PIX: blogdomello@gmail.com






Jorge, o Mau e um desejo de Natal


Contribua com o blog que está com você há 19 anos
PIX: blogdomello@gmail.com






O Natal do Papai Noel e o outro, que a mídia não conta

Há o Natal ostensivo, aquele das propagandas e reportagens na TV, onde as pessoas aparecem em shopping centers, na 25 de Março, nos camelôs na rua, atrás dos presentes de Natal, que parecem ser o grande tema da data. Este é o Natal do Papai Noel.

No entanto, para muitos o Natal é a data festiva do nascimento de Jesus Cristo, na distante Belém dos textos bíblicos.

Mas, como é esta Belém? Como está hoje? O que aconteceria se o menino Jesus nascesse hoje em Belém?

Este é o comentário do quadro Fórum Mídias, da TV Fórum, apresentado de segunda a sexta às 8h30 no Fórum Café e depois reproduzido como quadro independente na playlist do Fórum Mídias na TV Fórum.




Contribua com o blog que está com você há 19 anos
PIX: blogdomello@gmail.com






Sobre 'O Amor Tem Dessas Coisas, E Outras' - por Gustavo Bernardo

Um dos melhores livros de contos que já li chamava-se A metáfora de Drácula, publicado em 1982 pela José Olympio (só percebi agora que o meu primeiro romance, Pedro Pedra, também foi publicado em 1982 – essa é uma coincidência intrigante). Agora, mais de quatro décadas depois, me aparece um outro livro de contos, O Amor tem dessas coisas, e outras, que é tão bom, ou melhor!, do que aquele. Por mero acaso, o novo livro é do mesmo autor: Antonio Mello (antes, ele assinava como Antonio Carlos de Mello).

Os contos do Mello têm a peculiaridade de não respeitarem muito as fronteiras literárias – entre a comédia e a tragédia, entre o conto e a crônica. Esse salutar desrespeito faz com que sua literatura também pareça filosofia, provocando perguntas que nos incomodam, até porque, muitas vezes, não têm resposta fácil. Prefiro chamar todos os textos desse livro de contos, embora os professores (eu também sou professor, mas tento fingir que nem sempre) digam que boa parte seria mais crônica do que conto. Crônica ou conto, Mello escreve ficção da melhor qualidade – se parece mais crônica, isto é, se parece muito real, é porque é melhor ainda!

Os títulos dos contos, grandes como os primeiros versos de poemas sem título, podem ser lidos isoladamente, como mini-contos poéticos. O título do primeiro conto, por exemplo – “Todo dia de manhã quando acordo e vou ao banheiro tem um velho olhando pra mim no espelho” –, remete àquelas histórias clássicas que tratam do espelho, como as de Machado de Assis e João Guimarães Rosa. Olhar-nos no espelho com toda a atenção, e não apenas para arrumar o cabelo ou tirar o pedaço de alface do dente, nos leva a de repente vermos um monstro – ou um velho que nos parece monstruoso, uma vez que nos reflete, mas não devia. Sim, não devia, se lá no fundo continuamos crianças inocentes (ou perversas, porque a inocência, concedo, é a primeira das grandes perversões).

O segundo conto – “O Cristo da Via Crucis e o Cristo Ostentação” – é mais uma crônica, admito. parte de um colégio interno do passado, com seu cortejo de pecados reprimidos, para melhor fustigar e chicotear os vendilhões dos templos atuais, com seu cortejo de pecados livres, leves, soltos e ricos, muito ricos, à custa do medo e da fé dos mais pobres. Fico feliz de partilhar não somente o ateísmo do autor, mas também sua raiva daqueles que falam de deus como se deuses fossem, para melhor explorar, expropriar e humilhar quem neles deposita sua confiança – e toda a sua parca poupança.

O terceiro conto – “A metamorfose de Kafka na menina em Ipanema” – combina a literatura densa, densa até o desespero, de Franz Kafka, com pipocas, artistas de rua, a rua Visconde de Pirajá, um casal discutindo, um dragão de mentira e uma menina de verdade. Quando o rosto da menina se torna “inteiramente” iluminado, nosso rosto, de leitores, também se ilumina, tornando aquela história mais do que prosaica numa história absolutamente linda. Mello, você já me “acusou” de piegas, mas nessa história você me superou – e me comoveu!

Será que vou falar de todos os contos? Acho que não vai dar, senão a apresentação do livro do Mello corre o risco de ficar maior do que o livro. Pulo então alguns textos e chego a “O peripatético louco do supermercado”. Esse é uma obra-prima, desde o título. “O louco do supermercado” seria um bom título para as crônicas de Stanislaw Ponte Preta, vulgo Sérgio Porto (ou seria o contrário?), em especial se fosse uma louca. Quando Mello acrescenta “peripatético” a esse título, nos remete à filosofia de ninguém menos do que Aristóteles, que ensinava a seus discípulos andando com eles sem parar. A junção da filosofia peripatética com a loucura e, ainda, com um supermercado que se visita, também sem parar, justifica que eu considere o texto uma obra-prima de literatura, de filosofia, de metaficção e, ainda, de autoficção! A frase final de “O peripatético louco do supermercado” nos remete, como um brinde, a uma das frases mais famosas de Gustave Flaubert, a respeito da sua personagem mais conhecida. Não dá para deixar de ler.

Da mesma maneira que o conto seguinte, sobre o Dia das Mães, não dá para pular. O tema não poderia ser mais piegas nem me doer mais, a mim que só dediquei um livro a minha mãe quando ela não podia mais ler a dedicatória. O final do conto, nos mostrando que o vento se encontra dentro do verbo “invento”, assim mesmo na primeira pessoa, funciona como uma lufada de assombros.

A história do conto-título, “O amor tem dessas coisas”, é maravilhosa, em todos os sentidos do adjetivo. Se fosse um filme, seria uma comédia tipo sessão da tarde, com direito a final feliz, ou melhor, a “the end” com musiquinha e tudo. Uma mulher recebe cartas apaixonadas de um admirador secreto chamado Amaro, mas a cada carta o endereço do remetente é diferente. O último endereço, ela e uma amiga descobrem, é do Cemitério do Caju. O que parece o CEP é, na verdade, a indicação de uma quadra e o número de uma sepultura. O que acontece quando a mulher se encaminha para a sepultura, tão assustada quanto curiosa? Ela encontrará Amaro (que podemos ler como Amar-o, ou como: o-Amar)? Vivo? Ou morto? Ou, nem morto, nem vivo?

Senhoras e senhores, é melhor eu parar essa apresentação por aqui – em parte, para não adiar a convivência da leitora e do leitor com os contos do Antonio Mello, mas, em parte, por egoísmo mesmo: quero curtir os demais contos sozinho.

Gustavo Bernardo é professor de teoria da literatura na UERJ, editor executivo da EdUERJ e autor de alguns ensaios, como A ficção de Deus, e alguns romances, como De volta a 1984.


"O Amor Tem Dessas Coisas, E Outras"

 
 

Contribua com o blog que está com você há 19 anos
PIX: blogdomello@gmail.com






Miguel Paiva e crime de militares julgados por militares


Contribua com o blog que está com você há 19 anos
PIX: blogdomello@gmail.com






Putin desafia EUA para um duelo de mísseis em Kiev

Donald Trump ainda nem assumiu o governo dos Estados Unidos mas parece já estar influenciando o comportamento do presidente russo Vladimir Putin. 

Um sua coletiva de imprensa anual o presidente russo desafiou os EUA para um duelo entre o armamento hipersônico russo e os sistemas de defesa antimísseis ocidentais na capital ucraniana, Kiev.

"Eles que escolham qualquer instalação para atacarmos, digamos, em Kiev. Que eles concentrem todos os seus sistemas antiaéreos e antimísseis lá. E nós atacaremos com (um míssil Oréshnik). E veremos o que acontece. Estamos prontos para esse experimento, será que o outro lado está pronto?", disse o presidente russo Vladimir Putin em sua coletiva de imprensa anual.


Putin descreveu esse "experimento tecnológico" como um "duelo de alta tecnologia do século 21" entre a Rússia e o Ocidente.

Ele observou que a distância máxima do míssil hipersônico Oréshnik, lançado pela primeira vez em 21 de novembro contra uma fábrica militar na Ucrânia, é de 5.500 quilômetros.

"Em questão de segundos, as ogivas se separam. E, nesse ponto, eles já perderam a chance. Eles não têm chance de abater esses mísseis", disse ele.


Sobre o sistema de defesa antimísseis desenvolvido pelos Estados Unidos, ele disse que é "caro e faz pouco para garantir a segurança de seu país".

"Fizemos muito para superar o escudo antimísseis dos EUA", disse ele.


O presidente russo mencionou que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) implantou cerca de 24 sistemas de defesa antimísseis na Romênia e na Polônia, com um alcance de até 1.000 quilômetros no último país.

"Imagine que nosso sistema esteja a cerca de 2.000 quilômetros de distância, mas, mesmo assim, nem mesmo assim os sistemas antimísseis em território polonês serão capazes de alcançá-lo", acrescentou.


A Rússia lançou sua operação militar especial na Ucrânia em fevereiro de 2022, argumentando, entre outros motivos, a necessidade de conter a expansão da OTAN para o leste, depois de acusar a aliança liderada pelos EUA de adotar uma "linha agressiva" contra Moscou.


Com informações da HispanTV


Contribua com o blog que está com você há 19 anos
PIX: blogdomello@gmail.com






Merval: Família militar está em polvorosa temendo que PF chegue a suas portas

Porta-voz extraoficial da família Marinho mas também dos militares, o jornalista e presidente da Academia Brasileira de Letras (alguém desvira Machado de Assis no túmulo, por favor) Merval Pereira deu a informação em sua coluna de O Globo: a família militar estaria em polvorosa com receio da PF em suas portas.

O jornalista foi escutar auxiliares do comandante do Exército, general Tomás Paiva, para sentir a temperatura dos quartéis após a prisão do general quatro estrelas Braga Netto, acusado de participação na linha de comando da trama para um golpe de Estado no Brasil pra manter no poder Jair Bolsonaro, que envolvia o assassinato de Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes.

Segundo Merval, a prisão de Braga Netto trouxe aflição à "família militar". Não é para menos, afinal as investigações da Polícia Federal apontam uma penca de militares graduados envolvidos no plano, inclusive o, ao que parece intocável, general Heleno. Sem contar os mais de seis mil militares que participaram do governo Bolsonaro.

"O relato dos que estiveram com o comandante, porém, diz que ele não considera haver nenhuma ação extraordinária contra o Exército, diante do que já foi descoberto e do que presumidamente ainda será revelado pelas investigações. Ele se preocupa, sim, com a família militar em polvorosa, muitos temendo que a qualquer momento a Polícia Federal (PF) chegue a suas portas" — escreve Merval.

Para não perde a viagem, Merval aproveita para jogar a culpa de tudo em Bolsonaro, sem citar que foi o próprio atual comandante do Exército quem recebeu Bolsonaro na Academia Militar das Agulhas Negras em 2014 para fazer proselitismo político e o lançamento de sua campanha à presidência do país, numa atitude que contraria as normas da AMAN.  O general também era auxiliar do comandante do Exército à época, Villas Bôas, quando este escreveu uma mensagem de advertência para que o STF não permitisse a candidatura de Lula em 2018.

Ao título de seu artigo ("De quem é a culpa") o jornalista responde com sua certeza, que livra a cara do CNPJ (como o ministro da Defesa José Múcio) e coloca tudo na conta do CPF de Bolsonaro, a quem trata como um vingador que queria uma forra de seu "convite para se retirar" do Exército:

O que Bolsonaro ofereceu aos militares foi poder, prestígio e dinheiro, mas exigiu de volta obediência absoluta, lealdade e cumplicidade no projeto de golpe de Estado que cultivava desde os primeiros dias de governo.

(...) Bolsonaro gostava de submeter seus subordinados, especialmente os generais, a demonstrações de poder, afirmando que “quem entende de voto aqui sou eu”. O que poderia ser uma imposição do poder civil sobre o militar era apenas a vingança de um militar de baixa patente contra os que não o deixaram permanecer nos quartéis. Bolsonaro às vezes se impunha pela força dos votos, outras pela força de ser o comandante em chefe das Forças Armadas. Usava sua experiência nos dois campos para impor sua vontade.

Se alguém colaborou para que os militares entrassem na ilegalidade na volta ao poder, esse alguém foi Bolsonaro, a que poucos resistiram ou reagiram quando ele apresentou seus planos autocráticos. Tomás Paiva trabalha justamente para colocar as coisas nos trilhos da legalidade, e os que o pressionam para se rebelar contra as prisões sonham com um passado que não deve voltar.

 


Contribua com o blog que está com você há 19 anos
PIX: blogdomello@gmail.com






Céllus e a hora em que Lira mostra conta a Lula


Contribua com o blog que está com você há 19 anos
PIX: blogdomello@gmail.com