Se o senador Flávio Bolsonaro estiver levando mesmo a sério sua candidatura à presidência da República e não apenas jogando para aumentar o preço de seu abandono, pode estar deixando de lado uma eleição em que tem boas chances ao Senado no Rio de Janeiro por uma aventura onde sua chance de vitória contra Lula é quase zero.
Além dele, o irmão Carlos se lança em uma outra aventura, a busca por uma vaga no Senado em Santa Catarina, estado mais bolsonarista do Brasil. Acontece que ele não é de lá e está entrando no meio de uma bola dividida entre a deputada Carol De Toni, do PL, bolsonarista raiz, e o ex-governador e Senador Esperidião Amim, figura tradicionalíssima da direita no estado.
A candidatura do Carluxo, como Carlos é conhecido, divide a direita e ele pode acabar espremido entre Amim e De Toni, ficando em terceiro lugar e, portanto, de fora já que são apenas duas vagas para o Senado.
Eduardo Bolsonaro está fora do país, sem chances de voltar sem ter que responder a um processo que corre à sua revelia sob a batuta do ministro Alexandre de Moraes, onde dificilmente escapará de uma condenação. Portanto, não poderá concorrer a cargo algum nas eleições de 2026, estando fora ou dentro do país.
Jair Renan, vereador de Balneário Camboriú, é um outsider entre os outsiders, não sendo considerado um Bolsonaro raiz como seus meios-irmãos 01,02 e 03 por eles ou pelo próprio pai.
O mesmo acontece com Michelle. O parentesco não é de sangue, apenas de casamento. Caso ela concorra e consiga se eleger, por exemplo, ao Senado em Brasília, provavelmente faz como as outras duas mulheres anteriores de Bolsonaro: parte para uma empreitada solo, pois é ambiciosa e encontrou espaço no mundo político para essas ambições.
Logo, caso Flávio Bolsonaro concorra mesmo à presidência e não ao Senado no Rio, como pode acontecer caso consiga um bom preço por sua vaga na cédula presidencial e não se eleja nem à presidência nem ao Senado — que é quase certo na primeira opção e provável na segunda —, e Carlos Bolsonaro seja derrubado por uma súbita patriotada dos bolsonaristas em Santa Catarina por ser um de fora, estrangeiro, mesmo sendo um Bolsonaro, o Brasil pode pela primeira vez se ver livre da família Bolsonaro desde a primeira eleição do patriarca Jair em 1990, há 35 anos.
Isso deve acontecer porque pela primeira vez eles vão concorrer sem o apoio do pai, de quem receberam o sobrenome, o amor por cargos públicos, o hábito da rachadinha e o desprezo pelo ser humano, mas também orientação política e votos.
Todos mamaram e mamam nas tetas generosas do governo brasileiro e pela primeira vez vão ficar sem verbas públicas e sem a proteção do pai e dos cargos, a mercê da Primeira Instância do Judiciário com tantas acusações sobre a família.
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