Invasão da Rocinha: antes, durante e depois

PMs vigiam corpos na guerra da Rocinha. Foto de Severino Silva - agência O DiaAntes:
A SSI recebeu em 3 de fevereiro da Secretaria de Administração Penitenciária um informe que alertava para a descoberta de um plano de ataque à favela, que usaria como base os morros do Pavão-Pavãozinho e do Cantagalo.
O subsecretário de Inteligência, Romeu Antônio Ferreira, confirmou ontem ter repassado a informação aos serviços de inteligência das polícias Civil e Militar.
Durante:
Nada foi feito. A favela foi invadida. Cinco inocentes mortos.
Depois:
O secretário de Segurança, Marcelo Itagiba, afirmou ontem não ter havido falha operacional ou de comunicação entre as polícias Militar, Civil e a SSI:
- Foi uma ação tipo kamikase. Essa turma devia estar intoxicada. Não se previne isso, a ação aconteceu e optou-se pelo cerco - disse Itagiba.
Pela declaração do secretário, deduz-se que a polícia está preparadíssima para conter, por exemplo, uma invasão comandada por seminaristas, ou pelas beatas aqui da igreja Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, mas "essa turma intoxicada"...