Pois é, o "humilde caseiro" Francenildo dos Santos Costa já tem até advogado.Francenildo deveria comparecer hoje à sede da Polícia Federal para confirmar ou não o teor de sua entrevista ao Estadão, mas, segundo o advogado, seu cliente não deverá depor hoje. Por quê? Não foi explicado.
Mais uma das estranhas ocorrências do "caso Palocci".
Primeiro, o ministro foi acusado de, à época em que era prefeito de Ribeirão Preto, ser responsável por um esquema de desvio de dinheiro do lixo para os cofres do PT - mais recentemente, para o próprio bolso. Quem estava à frente era seu secretário Ralf Barquete. Mas Ralf Barquete não pôde confirmar ou negar nada, porque está morto.
Depois, vieram os dólares de Cuba. Novamente o ministro estava metido na transação, e seu homem de frente era o mesmo Barquete.
Agora o caseiro Francenildo afirma que Palocci freqüentava a tal casa de Brasília, onde eram divididas mulheres e grana. Segundo seu depoimento ao Estadão, Palocci chegava sempre dirigindo um carro de... Ralf Barquete.
A situação está chegando a um ponto que a CPI dos Bingos, que também é conhecida como a CPI do Fim do Mundo, acabará num centro espírita. Será feita então a "grande revelação". Um médium, dizendo-se Barquete, finalmente abrirá o jogo:
- Palocci é um devasso. Ele chegava apenas com uma cueca cheia de dólares e gritava "quero poder, quero poder"! Talvez por causa de sua língua presa, as pessoas entendessem outra coisa e trouxessem cada vez mais meninas e dinheiro para ele. O resto é lixo.
(Que a família de Ralf Barquete me desculpe a irreverência. Meu objetivo não foi desrespeitar o morto, mas apenas ironizar a situação)
