Lula e o Brasil precisam da oposição

megalomaniaOs estudiosos do PT poderiam fazer uma pesquisa porque estamos em tempo de embate. Não queria comparar meu governo com o governo passado, porque isso seria como um Corinthians e Íbis. Queria comparar o nosso governo com toda a República, com o mundo todo, para ver se em algum momento na História mundial houve um governo com tanta participação dos trabalhadores.

Depois de haver declarado que a saúde no Brasil estava próxima da perfeição, o presidente Lula saiu-se com esta declaração no encontro do PT de ontem, em Brasília.

Seria mais uma das auto-exaltações tão costumeiras no presidente, se ela não demonstrasse algo pior: a deterioração galopante da visão que Lula tem da realidade.

Cercado por um bando de áulicos puxa-sacos - como costuma acontecer a políticos, atores, jogadores de sucesso – o presidente está sem um interlocutor que o devolva à realidade.

Acossado há quase um ano por acusações de todos os lados, Lula viu caírem um a um seus principais aliados e consultores, e agora tem apenas os puxa-sacos e os próprios botões como interlocutores.

Se a estratégia da oposição continuar a mesma, de apenas oferecer denúncias e ataques contra o governo, o resultado será também o mesmo: o presidente disparado na frente e cada vez mais só e megalomaníaco.

Cabe à oposição oferecer alternativas de nomes e de propostas para o país, e assim obrigar o presidente a sair da redoma em que se colocou como defesa - o que é bastante explicável, graças à constância dos ataques e à solidão em que se encontra.

Obrigado a falar não do presente nem do passado, mas do futuro, o presidente Lula terá de dizer o que pretende realizar no próximo mandato. Assim, a população terá como comparar programas e metas dos candidatos e escolher o melhor futuro para o país e não o melhor passado.

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