
Balela. Se tem uma coisa de que Garotinho não pode se queixar é do assédio da imprensa, que o persegue país afora para que explique as estranhíssimas transações do governo de Rosinha Garotinho com ONGs que ganham dezenas de milhões e têm como endereço uma mesma sala de contador, ou uma apertada loja em Saquarema ou Areal, pequenos municípios do Estado do Rio.
Mas a nada disso Garotinho quer responder. Primeiro, saiu-se com a desculpa de que iria devolver o dinheiro, no caso das doações de empresas suspeitas para sua pré-campanha. Mas quando as acusações bateram à porta do governo de sua esposa, ele saiu-se com a única resposta que não poderia dar: "eu não trabalho mais no governo". Não trabalha agora, mas trabalhava até o mês passado.
Se está certo em sentir-se ofendido com a capa de Veja, que lhe pôs chifres de capeta na testa, não pode fingir que não é com ele a suspeição que está na revista, de uma estranha reportagem não publicada pela IstoÉ contra o "comendador Arcanjo", o mesmo criminoso condenado que está dando dor de cabeça aos tucanos. No caso da reportagem da IstoÉ que não saiu há, segundo a Veja, uma troca de fax envolvendo a Mídia Brasil, agência de publicidade de Carlos Rayel, marqueteiro político de Garotinho. Como a relação IstoÉ-Garotinho já produziu uma marotíssima divulgação de pesquisa eleitoral há pouco tempo, o caso precisa ser bem explicado.
Por isso a providencial greve de fome. Com ela Garotinho em verdade está se utilizando de um mecanismo de defesa chamado deslocamento. Ele não está fechando a boca para não comer. Mas para não falar. E também para criar uma vacina contra novas acusações que as que foram feitas até agora prenunciam.
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