Quando escolheu Alckmin, PSDB jogou a toalha

nocauteTrês motivos principais me levam a esta constatação:

1. Não há registro na história de um partido político escolher o candidato mais fraco, em detrimento do mais forte. Serra sempre esteve bem à frente de Alckmin em todas es pesquisas, e em várias delas à frente até do presidente Lula – e no primeiro turno.

2. Não cola a desculpa de que Serra não foi o escolhido por causa do compromisso que assumiu de permanecer à frente da prefeitura de SP e também porque teria exigido ser candidato de consenso. Agora, ele saiu candidato ao governo paulista, não se curvando a nenhuma dessas premissas, já que renunciou à prefeitura e o tucano José Aníbal – como antes fizera Alckmin – recusou-se a retirar sua candidatura.

3. O governador de Minas, Aécio Neves, ao lançar sua candidatura à reeleição, anunciou em alto e bom som que sua meta é a presidência em 2010:

- Nós completaremos 16 anos consecutivos de governantes paulistas. Sem qualquer sentido pejorativo, não é bom para o país essa concentração por tanto tempo do poder decisório – afirmou.

Nesta sua declaração, Aécio só poderia estar se referindo à reeleição do presidente Lula, porque, caso isto ocorra, Lula não poderá se candidatar mais. Está implícita no raciocínio do governador mineiro a descrença numa vitória de Alckmin, porque, caso isso acontecesse, o ex-governador de São Paulo poderia concorrer à reeleição...

A menos que Aécio esteja provocando um racha no partido agora, lançando-se contra Alckmin em 2010. Ou - pior - anunciando que fará corpo mole para que Alckmin não se eleja.

Portanto, CQD, o PSDB jogou a toalha - talvez para que madame Alckmin se cubra, já que ficou sem os vestidos...

Clique aqui e adicione este blog aos seus Favoritos