Comendador, Antero, Okamotto, Lulinha, Suplicy

SuplicyHoje é dia de depoimento do “comendador” Arcanjo, o poderoso bandido mato-grossense, muito temido por certas aves piciformes da família dos ranfastídeos (popularmente conhecidas como tucanos). Membros da CPI dos Bingos irão ao presídio, onde ele se encontra em férias forçadas, para ouvi-lo.

Dizem até que foi difícil a escolha da comitiva, pois algumas Excelências, convidadas a fazer parte da comitiva, abriram mão do “privilégio”, com medo da visita rápida ao presídio terminar se prolongando por alguns anos... Mas isso é uma outra história...

O fato é que o “comendador” vai falar... se quiser. Porque ontem seus advogados conseguiram no STF uma liminar que garante o direito de João Arcanjo Ribeiro, o Comendador, permanecer em silêncio durante o depoimento.

Tucanos, que ontem apedrejavam o STF por tomar medidas iguais anteriormente, impedindo – segundo alegavam – o funcionamento integral das CPIs, agora agradecem comovidos a medida do São Tribunal Federal – como estão chamando o Supremo.

O senador Antero Paes de Barros não terá assim o desprazer de ouvir o “comendador” confirmar o que disse em entrevista publicada na Folha, e comentada aqui, que ele esteve em sua fazenda para pedir um auxílio luxuoso para campanha.

Se o “comendador” imitar Duda Mendonça, não abrirá o bico e ficará tudo como dantes no quartel de Abrantes... Que tédio... Para quem estava acostumado a uma nova emoção a cada semana, a vida em Brasília está seca como o ar que se respira.

Cadê o Okamotto que iria depor e teria seu segredo bancário finalmente quebrado? Os ministros do Supremo que negaram os pedidos anteriores alegaram que estavam mal formulados. Será que não existe um único advogado tucano que saiba fazer uma petição correta?

E o filho do presidente, não seria chamado para depor e explicar dindim por dindim o “aporte financeiro” da Telemar da família Jereissati? Ou será que os tucanos cederam diante da ameaça de convocação do filho de Alckmin para explicar sua loja de chás e incensos, que estava cheirando mal?

Parece que hoje só quem faz oposição em Brasília é o senador Suplicy, que protocolou uma carta pedindo ao presidente que compareça ao Congresso para explicar o que sabia ou não sabia sobre tudo o que tem acontecido neste país.

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