Onda de violência em São Paulo

Pânico em SP, foto Agência EstadoAlguns dos principais jornais do país dão merecido destaque em suas primeiras páginas ao caos da (in)segurança pública em São Paulo, que está deixando a população em pânico. Bomba explode em trem, sete funcionários do sistema penitenciário (cinco agentes, um carcereiro e um PM) mortos nos últimos nove dias. Casas de policiais atacadas por bandidos. 1600 presidiários trancados por portas soldadas em Araraquara, após rebelião em que praticamente destruíram o presídio.

Embora Alckmin não seja mais governador de SP, o responsável pela segurança ainda é seu antigo secretário e as diretrizes são as mesmas. O resultado desta política estar explodindo agora, desde maio, é que vem deixando de cabelo em pé aquele tipo de gente desconfiada, que vê uma conspiração por trás de tudo.

Para esses, "aí tem...". E justificam sua paranóia citando alguns indícios: o pedido de prisão contra o petista Jilmar Tatto, que foi negado pelo Dipo por não haver "indícios suficientes para fundamentar as acusações"; os panfletos atribuídos ao PCC com ataques ao PSDB; a declaração de Alckmin a O Globo de "que teve acesso a informações de que havia um plano de uma facção criminosa contra ele e seus parentes com objetivo de desestabilizar sua candidatura"; isso tudo somado à onda de violência indica - para esses que vêm conspiração em tudo - uma tentativa de criar pânico na população para, ao final, de aproximação em aproximação, tentar responsabilizar o governo Lula pelos acontecimentos.

Pode ser apenas imaginação desses que enxergam conspiração em tudo. Talvez sejam apenas paranóicos. Mas o velho Freud já dizia que, às vezes, fumar um charuto quer dizer apenas isto: fumar um charuto. E eu completo: deve-se levar em consideração que, às vezes, os paranóicos podem estar realmente sendo perseguidos.

Clique aqui e adicione este blog aos seus Favoritos