PCC bate o governo de São Paulo por três a zero

Milhares de bandidos condenados e cumprindo pena - sendo que cento e tantos deles sabidamente pertencentes ao PCC - estão nas ruas por conta do "indulto de dia dos Pais". Mais uma vez o PCC consegue o que quer do governo de São Paulo. Como pretendem parar com a violência cedendo terreno aos bandidos?

Sei que os "indignados úteis" (para você que é novo no blog e não sabe o que isto significa, clique aqui) querem fazer crer, como já tentaram anteriormente, que o objetivo do PCC é desmoralizar Alckmin e reeleger Lula (como se isso fosse mudar alguma coisa na vida dos bandidos, já que Lula é presidente há três anos e oito meses - mas os "indignados úteis" desprezam qualquer argumentação que não leve à condenação de Lula...).

Na verdade, todas as ações do PCC tiveram objetivos claros, foram baseadas em fatos concretos. A primeira, em maio, aconteceu a partir do vazamento do depoimento de delegados paulistas numa CPI. A segunda, em julho, aconteceu para impedir que os comandantes do PCC fossem transferidos para o presídio de Catanduvas - o que lhes foi concedido. A nova onda deste mês ocorreu porque o Ministério Público de São Paulo deixou vazar para a imprensa que o tradicional "indulto de dia dos Pais" poderia ser negado a integrantes do PCC. Agora, como se vê, o indulto foi concedido...

Os tucanos governam São Paulo há 16 anos. Nesse período o PCC nasceu e cresceu, alimentando as fantasias lúbricas do secretário de Segurança, que gosta de escutar o que eles falam pelo celular (há gosto pra tudo)... O PCC está ganhando a batalha da segurança. Mas, para os "indignados úteis", tudo isso é culpa de Lula e do PT...

Atualização (14/08): Recebi de Lucas Tavares, assessor de imprensa do governador Cláudio Lembo, o e-mail a seguir, a respeito desta postagem:
"Temos a esclarecer o seguinte: 1. A saída temporária de cerca de 13 mil presos por conta do dia dos pais não foi concedida pelo Governo de São Paulo, como faz crer o texto publicado no blog. 2. Tal benefício é autorizado pelo Poder Judiciário, com base na Lei de Execuções Penais. 3. Apenas para ciência, o Ministério Público de São Paulo tentou impedir que os 13 mil presos fossem liberados. O Judiciário negou a solicitação. 4. Portanto, não há como responsabilizar o Governo do Estado (Poder Executivo) por uma decisão que cabe a um outro poder."

Portanto, cabe uma modificação no primeiro parágrafo. Onde se lê "Mais uma vez o PCC consegue o que quer do governo de São Paulo.", leia-se: "Mais uma vez o PCC consegue o que quer.". Mantenho o restante.

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